Em meio às discussões sobre o uso ético da tecnologia de inteligência artificial, a Activision Blizzard encontra-se agora no centro das atenções. Uma recente reportagem do site WIRED levantou suspeitas sobre o uso de IA pela desenvolvedora para criar skins no Call of Duty: Modern Warfare 3.
Desde o início de 2023, a Activision Blizzard supostamente vem empregando IA internamente para agilizar seus processos de design. O resultado mais ‘visível’ dessa iniciativa teria sido a venda da skin Yokai’s Wrath, no final do último ano, marcando a primeira vez que um item produzido por IA foi comercializado dentro do jogo.
Tom Henderson, jornalista do site Insider Gaming, fortaleceu a credibilidade dessa informação através de uma fonte interna, um ex-funcionário da Activision. Segundo o ex-funcionário, a liderança da empresa está não só ciente mas orgulhosa das realizações obtidas com o auxílio da IA, o que sugere um investimento contínuo e crescente nessa tecnologia. A fonte de Henderson destacou, no entanto, a dificuldade em quantificar o exato número de cosméticos que foram criados total ou parcialmente por IA, dada a prática encorajada internamente de explorar essa tecnologia.
A revelação levanta uma série de questões éticas e profissionais, especialmente sobre a originalidade e autenticidade no design de jogos. A dependência de IA na criação de conteúdo, embora possa trazer eficiência e inovação, também traz consigo dilemas sobre a possível redução de empregos criativos e a essência da criação artística humana.