Blue Prince virou alvo de controvérsia após vencer a categoria de Melhor Jogo Independente no Indie Game Awards de 2025. A acusação de uso de inteligência artificial generativa surgiu logo depois da desclassificação de Clair Obscur Expedition 33, jogo que teve suas vitórias anuladas por violar as regras da premiação. A editora de Blue Prince, Raw Fury, se manifestou oficialmente para negar qualquer envolvimento com ferramentas de IA durante o desenvolvimento.
As regras do Indie Game Awards proibiam o uso de IA em qualquer parte do processo criativo, exigindo confirmação formal por parte dos estúdios participantes. Com a anulação das vitórias de Clair Obscur Expedition 33, Blue Prince, um jogo de quebra-cabeça com elementos roguelike, foi reconhecido como o vencedor legítimo. No entanto, o site The Escapist publicou um artigo insinuando, sem provas, que o título de Dogubomb também teria utilizado IA, o que gerou especulações infundadas.
Declaração oficial nega uso de inteligência artificial
For people that need confirmation:
There is no AI used in Blue Prince. The game was built and crafted with full human instinct by Tonda Ros @dogubomb & his team. It is the result of eight years of development, fuelled by imagination and creativity, and we are extremely proud of… pic.twitter.com/zdbqp6xnKy— Raw Fury I ROUTINE IS OUT NOW (@RawFury) December 21, 2025
Em resposta às acusações, a Raw Fury divulgou um comunicado afirmando categoricamente que Blue Prince não utilizou inteligência artificial em nenhum momento do desenvolvimento. A empresa destacou que o jogo foi criado ao longo de oito anos por Tonda Ros, conhecido como Dogubomb, e sua equipe, contando apenas com processos manuais e criativos feitos por humanos.
“O jogo foi construído com total instinto humano”, diz a nota oficial. “É fruto de oito anos de desenvolvimento, alimentado por imaginação e criatividade, e temos muito orgulho do que Tonda alcançou.”
A pressão sobre o uso de IA em jogos tem crescido em 2025 e deve se intensificar em 2026. Estúdios como a Larian, de Baldur’s Gate 3, admitiram o uso de IA na pré-produção, o que já provocou discussões éticas na comunidade. A situação de Blue Prince, no entanto, destaca como alegações infundadas podem prejudicar projetos mesmo quando seguem todas as regras.
A falsa acusação contra Blue Prince expõe a sensibilidade do mercado em torno da IA e reforça a importância da transparência no processo de criação de jogos. A defesa pública da Raw Fury ajuda a preservar a reputação do estúdio e legitima a vitória no evento.
