Bethesda confirmou o uso de inteligência artificial em seus processos de desenvolvimento de jogos, mas fez questão de deixar claro que toda a intenção criativa parte dos artistas humanos. A informação veio diretamente de Todd Howard, diretor da empresa, durante uma entrevista enquanto promovia a segunda temporada da série Fallout.
Segundo Todd Howard, a IA funciona como uma ferramenta para acelerar certos processos internos e jamais substitui a atuação dos artistas. Ele comparou o uso da tecnologia a versões mais modernas do Photoshop, que evoluem com o tempo e facilitam o fluxo de trabalho, mas ainda dependem da criatividade e do domínio técnico de quem as opera.

Howard afirmou que a IA não é utilizada para criar ativos gráficos ou elementos de jogos, mas sim como apoio para revisar ou iterar ideias já produzidas pela equipe. A comparação com softwares consagrados serve para posicionar a IA como uma extensão natural das ferramentas utilizadas atualmente, e não como uma ameaça à criatividade original.
Outras empresas da indústria já se posicionaram sobre o tema. A EA orientou seus desenvolvedores a tratarem a IA como “parceiros de pensamento”, enquanto a Sega declarou que vai usar ferramentas de IA “quando for apropriado”. Por outro lado, figuras como Dan Houser, ex-produtor de GTA, criticaram duramente a prática, associando a IA a uma praga criativa. O ex-CEO da Nexon, Owen Mahoney, vê a tecnologia como uma revolução inevitável na criação de jogos.

