AWAKEN – Astral Blade é um novo metroidvania que nos transporta para uma versão futurista e alienígena da Terra, onde o ambiente e as criaturas locais se tornaram hostis devido a uma misteriosa energia conhecida como “Karpas”, mas será que o jogo realmente vale a pena? É o que vamos descobrir na análise de hoje.
Premissa simples
O jogo se passa nas Ilhas Horace, e você assume o controle de Tania, uma jovem equipada com componentes biônicos de última geração, que tem a missão de resgatar uma equipe desaparecida no local. No entanto, ao explorar a ilha, Tania acaba descobrindo muito mais do que imaginava, como ruínas de civilizações antigas, entidades psíquicas e outros fenômenos inexplicáveis.
Embora a premissa pareça interessante, após a introdução pouca cosia é explicada sobre a história e ela começa a ficar extremamente confusa, virando apenas um pano de fundo para toda a ação que está acontecendo.
Gameplay com boas premissas, mas repetitiva
Um dos pontos fortes de Awaken – Astral Blade é seu sistema de combate, que oferece uma variedade de combos e finalizações dependendo da direção e dos comandos aplicados. A princípio, o combate é divertido e satisfatório, permitindo que o jogador execute movimentos precisos e variados com Tania.
No entanto, a diversidade nas animações e nos combos não é acompanhada por uma verdadeira diferenciação de gameplay entre as armas. Embora seja possível obter novas armas ao longo da jornada, a sensação é que o combate permanece essencialmente o mesmo, independentemente da arma escolhida.
Esse design resulta em uma experiência que, com o tempo, fica monótona, especialmente durante os momentos de exploração, quando é necessário derrotar inimigos repetitivos para progredir. As batalhas contra chefes, que poderiam quebrar essa repetição, trazem um desafio moderado, mas acabam sendo pouco memoráveis.
Os padrões dos chefes são previsíveis e fáceis de serem manipulados, exigindo apenas que o jogador desvie no momento certo para encaixar combos sem grandes dificuldades.
Controlar Tania durante os combates é uma experiência fluida e prazerosa. Ela possui habilidades como uma esquiva com frames de invencibilidade, uma mecânica de parry desbloqueável e um golpe de finalização poderoso para inimigos enfraquecidos. Essa variedade de habilidades incentiva o jogador a adotar um estilo de jogo mais técnico, evitando sofrer dano desnecessário, especialmente devido à quantidade limitada de curas disponíveis.
No entanto, essa qualidade não se estende ao design de inimigos, que acabam sendo extremamente repetitivos e sem identidade própria. Independentemente do ambiente em que o jogador se encontra, os tipos de inimigos são os mesmos, o que rapidamente faz com que cada novo encontro perca o frescor.
Awaken – Astral Blade conta com uma árvore de habilidades dividida em duas principais ramificações: Combate e Passivas. Na seção de Combate, é possível desbloquear movimentos como o parry, além de ganhar buffs de dano e outras habilidades que aumentam o DPS de Tania. Já na seção Passiva, o jogador pode aumentar atributos básicos, melhorando a sobrevivência da personagem.
Ainda que existam pontos positivos na customização de habilidades, itens cruciais para a progressão, como o pulo duplo e armas específicas para explorar o ambiente, não são desbloqueados pela árvore, mas sim encontrados pelo mapa.
A exploração segue a fórmula clássica de Metroidvania, onde o jogador encontra portas bloqueadas por habilidades ou itens específicos que são descobertos posteriormente em áreas adjacentes. Esse sistema, embora eficaz, é pouco inspirado aqui, já que a maioria das barreiras que o jogador encontra são desbloqueadas em pontos próximos, tirando um pouco da satisfação de encontrar atalhos ou de resolver quebra-cabeças complexos.
Apresentação audiovisual
Visualmente, Awaken – Astral Blade não decepciona. O design de Tania e dos cenários possuem uma estética interessante e atraente, especialmente para os fãs do gênero. Contudo, a qualidade visual não se reflete nas animações dos personagens, que parecem rudimentares, criando um contraste que quebra um pouco a imersão.
Embora os cenários sejam agradáveis de explorar, os inimigos carecem de identidade e personalidade visual, o que contribui para a falta de variedade no jogo como um todo.
Mas e aí, Awaken – Astral Blade vale a pena?
Awaken – Astral Blade é um jogo competente, mas que carece de elementos únicos para se destacar em meio aos inúmeros títulos do gênero Metroidvania. Fãs de jogos de ação e plataforma podem encontrar algum entretenimento na jogabilidade e no sistema de combate do jogo, especialmente se não estiverem em busca de uma experiência profunda ou inovadora.
Para quem aprecia um bom desafio com movimentação precisa e combate dinâmico, Awaken oferece uma diversão temporária. Contudo, sua narrativa rasa, repetição de inimigos e falta de inovação podem acabar afastando jogadores que buscam uma experiência mais rica.
Resumo para os preguiçosos
AWAKEN – Astral Blade é um metroidvania ambientado em uma Terra futurista e alienígena, onde uma energia misteriosa chamada “Karpas” transformou o ambiente e os seres locais em ameaças hostis. O jogador assume o controle de Tania, uma jovem equipada com tecnologia biônica, em uma missão para resgatar uma equipe desaparecida nas Ilhas Horace. Embora o jogo apresente uma premissa interessante, a narrativa perde força rapidamente, tornando-se confusa e relegada a um segundo plano, o que acaba deixando a exploração e os combates como foco principal.
O combate inicial é dinâmico e agradável, oferecendo uma variedade de combos e habilidades desbloqueáveis que incentivam uma abordagem técnica. Contudo, a repetição de inimigos e a falta de distinção significativa entre armas acabam tornando a experiência monótona, especialmente em seções de exploração. Visualmente, o jogo impressiona com o design de cenários e da protagonista, mas a falta de variedade e personalidade nos inimigos enfraquece o impacto geral. AWAKEN – Astral Blade pode divertir os fãs do gênero por um tempo, mas não oferece inovações que o destaquem no saturado mercado de metroidvanias.
Prós
- Boas ideias no combate
- Cenários bonitos
Contras
- Sem variedade de inimigos
- Combate repetitivo
- Mapa simples demais