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Atomfall – Análise – Vale a Pena – Review

Atomfall é o tipo de jogo que te conquista pela curiosidade e te prende pelo mistério, mas será que ele vale a pena? É o que vamos descobrir na análise de hoje. ]

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Ambientado em uma Inglaterra alternativa dos anos 1950, devastada por radiação, o game aposta fortemente em uma atmosfera de tensão constante e decisões ambíguas. Desenvolvido pela Rebellion, conhecida por Sniper Elite, Atomfall é uma experiência que oscila entre o fascinante e o irritante, oferecendo liberdade quase total ao jogador, mas sem entregar uma direção clara.

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A história de Atomfall

Atomfall – Análise – Vale a Pena – Review

Ao iniciar o jogo, você acorda dentro de um bunker deteriorado e logo se depara com uma figura desesperada vestindo um traje antirradiação. Aqui, o tom do game já fica bem claro: não há tutorial nem instruções diretas. Atomfall quer que você decida como vai agir, e as consequências das suas escolhas vão moldar diretamente sua experiência.

Você pode ajudar o homem ferido e tentar compreender melhor o que está acontecendo, ou simplesmente matá-lo para coletar recursos e seguir adiante sozinho. Esse grau de liberdade permeia toda a jogabilidade, fazendo com que cada escolha tenha um peso grande.

Saindo do bunker, o mundo se revela em toda sua beleza e estranheza. Uma ligação misteriosa em um telefone público te da pistas vagas, que guiam parcialmente sua jornada. Atomfall evita facilitar as coisas, exigindo que você interprete essas dicas e decida por si só quais serão seus próximos passos. Isso pode ser bom para jogadores que adoram investigar, mas extremamente frustrante para aqueles que buscam um caminho mais tradicional.

A narrativa principal gira em torno das escolhas que você precisa fazer e em quem você decide confiar. O jogo conta com múltiplos finais, determinados pelas suas ações e alianças durante a aventura. É um incentivo interessante para jogar novamente e experimentar caminhos diferentes, já que cada decisão pode levar a resultados bastante distintos.

Gameplay, Exploração e combate

Atomfall – Análise – Vale a Pena – Review

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O gameplay de Atomfall mescla combate corpo a corpo, uso de armas à distância e furtividade. Aqui, o jogo se mostra impiedoso desde o começo. Os primeiros encontros podem rapidamente se transformar em sequências repetitivas de morte até você aprender a melhor forma de sobreviver.

Inicialmente, pode parecer injusto, já que seu armamento inicial mal consegue lidar com um único inimigo, quanto mais com grupos armados que surgem inesperadamente. Felizmente, o jogo oferece ajustes detalhados de dificuldade, permitindo que você alivie a tensão da sobrevivência e do combate sem comprometer a exploração, se assim você desejar.

O rumo do jogo é intrigante, cheia de personagens duvidosos e diferentes facções, cada uma com suas motivações ocultas e segredos perturbadores. Você pode optar por se aprofundar nessas tramas, ajudando diversos personagens e coletando pistas sobre a verdadeira natureza daquele mundo, ou simplesmente tocar o terror e resolver tudo na pancadaria enquanto explora por aí.

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Exploração, aliás, é outro destaque importante do jogo. Atomfall não conta com fast travel, o que obriga você a atravessar grandes áreas repetidamente. Isso pode incomodar em certos momentos, mas também reforça a sensação de perigo constante e incentiva uma exploração mais detalhada e cuidadosa. Muitos dos locais visitados escondem segredos valiosos e oferecem oportunidades para entender melhor o que ocorreu naquele mundo devastado pela radiação.

Apresentação Audiovisual

Já sobre o audiovisual, a ambientação é um dos pontos mais fortes de Atomfall. O cenário da pacata zona rural inglesa contrasta com os elementos pós-apocalípticos e ficção científica presentes na história. Vilarejos abandonados, prédios decadentes tomados pela vegetação e veículos enferrujados criam uma sensação de solidão e abandono bastante imersiva. Ao mesmo tempo, ameaças como robôs gigantes equipados com lança-chamas e cultistas violentos dão um toque sinistro e ameaçador a cada nova área explorada.

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Sobre a trilha sonora, o jogo não faz um uso intenso dela e opta por um caminho mais silencioso nas terras devastadas, onde apenas você, seus passos e os passos dos inimigos são ouvidos quase que o tempo inteiro. O design de som é ótimo e quando você pega uma arma desgastada para lutar contra inimigos, realmente sente como se estivesse usando algo que está prestes a quebrar só por conta do som de tiro estranho que a arma faz.

Atomfall não tem dublagem em ptbr, mas conta com legendas para o nosso idioma, com uma boa localização e piadinhas bem adaptadas para a nossa cultura.

Apesar de possuir elementos que lembram a série Fallout, Atomfall oferece uma experiência mais focada e compacta, valorizando o clima sombrio e as histórias locais acima da grandiosidade típica dos jogos americanos. A duração do jogo é bastante variável, podendo levar cerca de 10 a 20 horas para concluir uma campanha, dependendo do quanto você deseja se envolver com as diferentes possibilidades e personagens.

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Mas e aí, Atomfall vale a pena?

Atomfall é um jogo que certamente divide opiniões. Sua proposta de liberdade absoluta e ausência quase total de orientação podem afastar quem busca experiências mais guiadas e estruturadas.

Por outro lado, para jogadores que gostam de se perder em mistérios profundos, explorar ambientes ricos e tomar decisões impactantes, Atomfall oferece uma jornada intrigante e memorável, desde que você esteja disposto a enfrentar suas peculiaridades e desafios iniciais. É uma experiência que recompensa a curiosidade e a paciência, mergulhando você em um mundo sombrio e cheio de mistérios.

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Análise feita com uma chave de PS5 cedida pela Publisher.

Resumo para os preguiçosos

Atomfall não é uma experiencia para todo mundo, o fato de não ter viagem rápida já vai afastar a grande maioria dos jogadores. Mas caso você goste de uma exploração mais metódica e devagar, o jogo pode ser para você.

Nota final

70
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Ambientação
  • Exploração
  • História

Contras

  • Falta de viagem rápida pode ser problemática
  • Inicio exageradamente difícil
  • Combate bem lento
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Valteci Junior
Valteci Juniorhttp://criticalhits.com.br
Me chamo Valteci Junior, sou Editor-chefe do Critical Hits, formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno e JRPG de forma geral. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.