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AI LIMIT – Análise – Vale a Pena – Review

AI LIMIT é mais um dos jogos que nasceu do China Hero Project, uma iniciativa de mentoria e suporte da PlayStation para desenvolvimento de jogos do mercado chinês. Tentando se destacar no meio dessa enxurrada de Souls-like, AI LIMIT promete entregar uma boa experiência, mas será que realmente vale a pena? É o que vamos descobrir na análise de hoje.

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A história de AI LIMIT

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O jogo se passa em um universo pós apocalíptico onde a humanidade está enfrentando dificuldades para seguir em frente após uma catástrofe que quase extinguiu a vida na terra. A protagonista é Aryssa, uma Blader que perdeu suas memórias e está buscando seu propósito no mundo.

Enquanto Aryssa tenta descobrir o que aconteceu no seu passado, ela explora a última cidade da humanidade e batalha contra monstros criados por uma substância que surgiu durante a catástrofe que atingiu a terra. Assim como na maioria dos Souls-like, a história é contada através de diálogos e descrições de itens, mas é bem mais direta ao ponto do que estamos acostumados a ver no gênero.

A história me surpreendeu positivamente, não estava esperando nada muito profundo e me deparei com algo genuinamente bem inscrito e interessante, fazer as missões dos NPCs acabava desdobrando em novos acontecimentos que só me deixava cada vez mais curioso para descobrir o que realmente aconteceu naquela cidade e qual foi a causa da catástrofe do passado.

História em Souls-like costuma ficar em segundo plano, mas aqui ela é uma excelente cereja no bolo que faz o jogador se inserir nesse mundo e ficar com vontade de jogar sem parar só para ver o desfecho das missões dos personagens, que são muito bem escritos.

Combate, gameplay e exploração

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Apesar da boa história, para um Souls-like ser bom, ele precisa acertar principalmente em 2 coisas: combate e map design. Felizmente, AI LIMIT acerta em ambos, apesar de existir algumas ressalvas.

O combate é prazeroso, com diversas armas e builds para o jogador experimentar. O feeling lembra muito o de Dark Souls, com Aryssa sendo levemente ágil, mas você ainda sentindo o peso do seu andar e de seus ataques.

A grande novidade aqui é que não existe uma barra de stamina. Ao invés disso, temos uma barra de sincronização, que funciona como um misto de stamina com barra de postura de outros jogos.

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Correr, atacar e esquivar não consome a barra de sincronização, mas ataques especiais e as habilidades da Aryssa, como o escudo e parry, consomem. Ao atacar você ganha sincronização, e caso ela chegue a zero devido ao uso excessivo de habilidades, Aryssa vai ser nocauteada de uma forma parecida como zerar a barra de postura em Sekiro, ficando completamente exposta para um ataque fatal.

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A ideia de juntar a Stamina e Postura em um único conceito pode parecer estranha, mas funciona muito bem e é o grande charme do jogo. É até difícil entender porque outros jogos não tentaram algo parecido antes, já que fluiu muito naturalmente aqui.

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O combate em si é bem divertido e flui como o esperado de um souls-like, a barra de sincronização da um charme a mais que te faz sentir que está jogando algo novo. Apesar disso, alguns problemas existem, como a repetição de inimigos e chefes completamente esquecíveis.

A maioria dos inimigos tem um design bem parecido um com o outro, incluindo os chefes, o que tira um pouco da graça. Foram poucos os chefes que realmente marcaram durante a jogatina, e isso é um erro grave para um souls-like, que busca entregar experiências incríveis e marcantes nas batalhas de chefes.

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Por sorte, o jogo não cai na monotonia devido ao excelente map design, ponto crucial para um bom souls-like e aqui eles acertaram em cheio. Tudo parece super bem conectado, com um back-tracking extremamente inteligente, atalhos que fazem sentido e é recompensador desviar do caminho e olhar cada cantinho, já que sempre tem bons itens espalhados por todo lugar.

O único defeito aqui é mais por conta da direção de arte do que do design do mapa em si, já que muitos locais são visualmente bem repetitivos, especialmente alguns mais para o fim do jogo e que te fazem ficar perdido de um jeito ruim.

Aqui tem que se levar em consideração que AI LIMIT é um jogo com orçamento baixo e é a primeira tentativa de fazer um jogo grande do estúdio, então é até esperado que reciclagem de textura e cenários exista.

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Apresentação audiovisual

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Já no quesito audiovisual, nós temos grandes acertos e erros. O estilo visual e a direção de arte são bons, mas como dito anteriormente, o jogo peca bastante na repetição, com a sensação de que você já passou por aquele lugar antes.

O mesmo vale para o design dos chefes, que é completamente esquecível, com exceção de alguns poucos mais para a reta final do game. O jogo tenta variar bastante os cenários, com desertos, cidades e tudo mais, mas alguns deles se estendem demais da conta e te fazem só querer ir logo para a próxima área.

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Já no quesito trilha sonora e dublagem, o jogo é extremamente competente, as músicas são boas e as grandes responsáveis por dar emoção em alguns chefes que seriam extremamente fracos se a trilha não estivesse animando a gameplay. A dublagem em inglês também está muito boa, com as vozes combinando muito e dando vida para os personagens e NPCs que encontramos por aí.

Apesar de não ter dublagem em PTBR, temos legendas em português, mas elas não estão tão boas assim. Primeiro que alguns trechos não foram completamente traduzidos, e percebi diversos erros bobos de tradução enquanto jogava. Fico feliz que lembraram de nós e é sempre melhor ter algo do que esquecerem completamente de nós, mas o trabalho aqui com certeza poderia ter sido muito melhor.

Problemas de polimento

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Por fim, tenho que falar dos muitos problemas técnicos que tive durante o jogo. A análise foi feita no PS5 e mesmo assim sofri com crashs constantes e completamente aleatórios, além de quedas bruscas de FPS em certos momentos, em um deles atrapalhando diretamente o meu desempenho em uma boss fight.

Movimentação estranha e texturas flickando também era normal durante a gameplay, os desenvolvedores nos alertaram que patchs ainda iriam chegar para o jogo antes do lançamento, mas não posso deixar de relatar a minha experiência e torcer para que eles consigam resolver tudo para que vocês não passem pelo o que eu passei.

Mesmo com patchs chegando day one, eles não são milagrosos e fica claro que o jogo carece de polimento e se beneficiaria muito de um adiamento. Como isso não aconteceu, fica aqui o aviso de que a experiência pode estar problemática no lançamento.

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Mas e aí, AI LIMIT vale a pena?

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AI LIMIT acerta em muita coisa que faz um souls-like ter sucesso, como no combate fluído e no excelente map design. Infelizmente, o verdadeiro potencial do jogo é segurado pelo orçamento pequeno e tamanho da equipe, além de ser a primeira tentativa dos desenvolvedores de fazer um jogo desse tamanho.

Dito isso, o jogo diverte muito com uma história incrível, personagens marcantes e uma direção de arte que, apesar de ter alguns defeitos pontuais, entrega cenários lindos. A somatória geral faz AI LIMIT virar uma recomendação imediata para fãs do gênero.

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Outro ponto que pesa bastante na recomendação é o preço, o jogo está custando R$ 113 reais na PSN e R$ 121 na Steam, um preço muito abaixo do praticado no mercado atualmente, especialmente para esse jogo que flerta com o AAA e entrega uma experiência melhor que muito jogo grande por aí.

Nem todo jogo precisa ser excelente em tudo e disruptivo para divertir, as vezes, tudo o que precisamos é de uma tentativa honesta de fazer algo bom e que é capaz de divertir do inicio ao fim, e essa é exatamente a experiência que AI LIMIT entrega.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Playstation 5 cedida pela Publisher.

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Resumo para os preguiçosos

AI LIMIT acerta no combate, map design e história que são incríveis. Os grandes pontos negativos ficam pela repetição de inimigos no mapa, chefes completamente esquecíveis e alguns cenários repetitivos demais.

No geral, é uma boa experiência e que vale a pena para fãs do gênero.

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Combate
  • Map Design
  • História
  • Direção de arte

Contras

  • Inimigos repetitivos
  • Chefes esquecíveis
  • Alguns cenários repetidos demais
  • Erros de legenda em PTBR
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Valteci Junior
Valteci Juniorhttp://criticalhits.com.br
Me chamo Valteci Junior, sou Editor-chefe do Critical Hits, formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno e JRPG de forma geral. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.