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5 coisa que Assassin’s Creed Syndicate tem que fazer pra me conquistar novamente

O meu descontentamento com os jogos mais recentes da Ubisoft não é novidade pra ninguém que acompanha o site assiduamente. A desenvolvedora francesa que já constou na minha lista de empresas mais competentes e que me fazia pular de ansiedade toda vez que lançava um trailer referente a um novo jogo, hoje só me causa uma sensação de descontentamento e de desconfiança, já que eu sinceramente não acredito mais nas promessas de gameplay inovadores, gráficos impressionantes e tudo mais que ela costuma bradar por ai.

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Recentemente ela anunciou o novo capitulo da “franquia anual” Assassins Creed. O novo jogo que terá o subtítulo de Syndicate, trará uma série de inovações, dois protagonistas, gráficos mais realistas e…o que mais? Bugs? Mesmice?
Não me levem a mal, eu não torço pelo fracasso da Ubisoft. Eu realmente gostaria que ela voltasse a ser aquela Ubi moleque, marota e malandra, que cativava seus fãs com jogos que podiam não ser os que ganhavam a “Game of the Year Edition” no final do ano, mas que eram sinceros e que pareciam realmente terminados no momento em que o consumidor comprava. Nada de ficar esperando DLC’s, patchs de correção ou esse tipo de coisa que chega a me dar nojo dependendo da forma como é trabalhada hoje em dia.

Por isso, resolvi colocar aqui alguns pontos que me fariam olhar Assassin’s Creed: Syndicate com outros olhos caso fossem implementados no jogo. Será que o game será a redenção da Ubi, ou só teremos o habitual do mesmo?

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5. Enredo cativante, sem forçar a barra

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Uma das coisas que mais me tiram a vontade de jogar Assassin’s Creed é saber que o enredo dos últimos jogos não é mais o que costumava ser. A impressão que eu tenho em alguns momentos é que ele é deixado de lado para que outras mecânicas que não tem lá muita relação com o jogo possam ser colocadas no game somente para ser utilizadas como “chamariz”. Um exemplo que costumo usar é as side missions envolvendo aquele joguinho safado de Tower Defense dentro do Brotherhood, ou as missões navais do Assassin’s Creed 3.

Em contra partida, há momentos em que se tem a impressão que o jogo espreme tudo que pode do enredo principal com o único objetivo de prolongar a história ou o tempo de jogo. Eu pelo menos senti isso jogando Brotherhood e Revelations, e tive a sincera sensação de que tudo poderia ter sido resumido em Assassin’s Creed II.

O jogo mais recente que me causou essa sensação foi o decepcionante Watch Dogs. Ao mesmo tempo que o game te apresenta uma infinidade de pontos de interesse espalhados pelo mapa -que em alguns casos de interessantes não tem absolutamente nada-, em outros momentos as missões parecem não te fazer avançar na história e não te levam à lugar nenhum. É como se eles criassem um problema pra ser resolvido somente para te fazer jogar mais tempo antes do gran finale. Claro que isso seria ótimo se no final das contas essas missões extras não fossem enfadonhas e os milhares de pontos de interesse te oferecessem algo a mais do que procurar QR codes escondidos ou um puzzle de cameras de segurança sem graça.

4. Pelo amor de Deus, alguém revise os bugs!

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Acho que não tem nada mais frustrante do que você aguardar dias por algo e quando finalmente chega na hora, não consegue desfrutar da forma como tinha planejado. Talvez você nunca tenha passado por isso, mas quem estava no hype por Assassin’s Creed: Unity no ano passado com certeza sabe do que eu estou falando.

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Inumeras possibilidades podem causar uma certa quantidade de bugs em um jogo quando ele é lançado, mas quando a desenvovledora não se encontra em uma boa fase isso só contribuiu para que ela enfie ainda mais o pé na lama.
Ninguém pode discordar do fato de que criar um game inteiro para a nova geração não é fácil, mas a impressão que Unity causou foi a de que o jogo foi simplesmente entregue incompleto. Eu sinceramente fico pensando se não valeria mais a pena atrasar o lançamento em dois dias, assumir o erro, mas entregar o produto “redondinho”, do que deixar o seu consumidor ter acesso àquela quantidade horrenda de erros bizarros. De novo eu pergunto, será que não seria melhor não lançar um capítulo da franquia por ano e extender o período de desenvolvimento para que no final tudo saia perfeito?

3. Umas mudanças são bem vindas de vez em quando

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Ninguém pode acusar a Ubisoft de não trazer novidades para seus jogos. O problema é que nem sempre elas são significativas o suficiente para serem consideradas relevantes.

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Eu citei lá em cima o sistema de Tower Defense em AC Revelations e volto a dizer que implementa-las dentro do jogo é de fato algo inovador. Mal qual a relação disso com o gameplay proposto afinal de contas?

Em alguns momentos, eu vejo tanta coisa pra se fazer dentro de um jogo da Ubisoft que me pergunto se não seria melhor concentrar toda essa força criativa em algo mais impactante ou relvante. Por exemplo, será que não tá na hora de alguém dar uma melhorada no sistema de Parkour do game? Será que não existe um fã da franquia que não gostaria de algo mais dinâmico ou mais desafiador do que só apertar um botão e segurar “pra frente”? Até Dying Light conseguiu fazer o sistema de parkour funcionar bem, mesmo sendo um jogo em primeira pessoa. Será que a Ubi não é capaz de fazer algo semelhante?

Outra coisa que começa a ficar datada é o sistema de combate. Depois de jogos como Dark Souls que te obrigam a pensar numa estratégia antes de sair descendo a lenha nos inimigos, será que segurar defesa e apertar um botão de ataque na hora certa ainda dão a mesma sensação de desafio que antigamente?

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2. Cadê o stealth?

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Acho até engraçado como é possível um assassino que manja muito dos paranauê das matanças, não ser capaz de se esgueirar até os inimigos e pega-los de surpresa como o Sam Fischer faz em Splinter Cell.

O último jogo da série até me pareceu mais amigável no que diz respeito a possibilidade de cumprir seus objetivos sem ser detectado, mas me incomoda não pode utilizar o cenário para me esconder e aguardar o momento mais propício para atacar o inimigo, ou o fato de que em alguns momentos o personagem esta em cima de um pilar, em pleno meio dia, vestindo uma roupa que mais parece uma árvore de natal e ninguém ser capaz de enxerga-lo depois de uma certa distância. Vai ver antigamente a capacidade de visão da população fosse um pouco mais limitada. Vai saber.

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Por fim, acho que já é hora de trazer algo mais inovador nesse sentido também. Costumo dizer que até mesmo Skyrim oferece um sistema de Stealth melhor do que a série Assassin’s Creed, e olha que o jogo da Bethesda apresenta umas falhas bem marotas nesse quesito de vez em quando. Se liga ai Ubisoft.

1. Nova geração, novos desafios

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Já deu pra perceber depois de todas as críticas que fiz aqui, que o que mais me incomoda nos jogos recentes da Ubi é a quantidade de repetições chatas e enfadonhas. No final das contas, todo ano é a mesma coisa: assassino mata gente, faz parkour, leva roupa no tintureito e lá de vez em quando aparece algo novo pra se fazer. Eu quero coisas novas, se for pra jogar sempre a mesma coisa eu compro uma caixa de dominós, poxa.

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Acho decepcionante ver a quantidade de jogos que já apresentam novidades a algum tempo e que nem mesmo após o advento da nova geração -abraço Jonatham-, a série Assassin’s Creed fez questão de mudar algumas mecânicas básicas. Acho que já ta mais do que na hora de tentar conquistar o mercado novamente, apresentando um produto final de qualidade, inovador e completo, sem que depois de pagar uma pequena fortuna o jogador seja obrigado a desembolsar mais dinheiro para obter algo que não foi disponibilizado logo no início e que esta sendo vendido como DLC.

Infelizmente, se isso não acontecer eu acredito que a nossa querida Ubi terá um futuro árduo pela frente. Não acho que ela vá sentir grandes diferenças imediatas já que por enquanto ainda existe muita gente comprando seus produtos mesmo eles não sendo tudo aquilo que prometem. Mas se um dia esse público também cansar dessa mesmice toda, acho bom alguém tirar uma carta da manga ou um coelho da cartola.

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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.