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Cosplay: Da Ficção Científica às Passarelas Globais – A Evolução de uma Cultura

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O cosplay, uma prática que envolve a criação e o uso de fantasias que representam personagens de filmes, séries, animes, mangás, jogos e outras mídias, tem uma história rica e fascinante que reflete o crescimento da cultura pop ao redor do mundo. O termo “cosplay” é uma junção das palavras “costume” (fantasia) e “play” (brincar/atuar), e teve origem no Japão na década de 1980, mas suas raízes são ainda mais antigas e globais.

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A origem do cosplay moderno pode ser rastreada até as convenções de ficção científica nos Estados Unidos na década de 1930. Um dos primeiros exemplos documentados ocorreu em 1939, na World Science Fiction Convention (Worldcon), realizada em Nova York. Forrest J. Ackerman e sua amiga Myrtle R. Douglas vestiram trajes inspirados em filmes de ficção científica, o que causou grande impacto e chamou a atenção dos outros participantes. Esse evento é frequentemente citado como um dos primeiros casos de cosplay na história. Por essa altura, era ainda improvável pensar que essa seria uma indústria que iria conquistar um público cada vez maior e se tornaria uma aposta de toda uma indústria.

No entanto, foi no Japão que o cosplay realmente se consolidou e se tornou um fenômeno cultural. Durante os anos 1970 e 1980, os fãs de animes e mangás começaram a se vestir como seus personagens favoritos em eventos específicos para essas mídias. A prática foi popularizada no Japão pela revista My Anime, que em 1983 utilizou pela primeira vez o termo “cosplay” em uma matéria. O jornalista Nobuyuki Takahashi, ao retornar de uma convenção de ficção científica nos Estados Unidos, cunhou o termo para descrever a atividade de se vestir como personagens de ficção.

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Nos anos seguintes, o cosplay cresceu exponencialmente no Japão, especialmente em eventos como o Comiket (Comic Market), onde fãs de mangá, anime e jogos se reuniam para exibir suas criações. Esses eventos tornaram-se um terreno fértil para a expressão criativa e o compartilhamento de habilidades de confecção de trajes. Além disso, o cosplay começou a ser reconhecido não apenas como um hobby, mas também como uma forma de arte performática, onde os cosplayers não apenas se vestem como os personagens, mas também encarnam suas personalidades e comportamentos.

A partir dos anos 1990, o cosplay começou a se expandir globalmente, impulsionado pela disseminação do anime e do mangá fora do Japão. Nos Estados Unidos, a popularidade do cosplay cresceu junto com a explosão da cultura otaku, levando à criação de grandes eventos como a Anime Expo e a Comic-Con International, onde o cosplay tornou-se uma das principais atrações. A Europa também viu um aumento significativo no número de cosplayers e eventos dedicados à prática, com convenções como a Japan Expo em Paris e a London MCM Comic Con atraindo milhares de participantes.

Com o advento da internet, o cosplay se tornou ainda mais acessível e globalizado. Sites, fóruns e redes sociais permitiram que cosplayers de diferentes partes do mundo compartilhassem suas criações, trocassem dicas e técnicas, e formassem comunidades online dedicadas a essa paixão. Hoje, o cosplay é uma prática presente em quase todos os países, com competições internacionais como o World Cosplay Summit, realizado anualmente no Japão, reunindo os melhores cosplayers de todo o mundo.

O impacto cultural do cosplay é inegável. Ele não apenas celebra a cultura pop, mas também promove a criatividade, a habilidade artesanal e a expressão pessoal. Ao longo de sua história, o cosplay evoluiu de uma atividade de nicho para um fenômeno global, influenciando a moda, a arte e o entretenimento. Mais do que uma simples fantasia, o cosplay é uma forma de os fãs se conectarem profundamente com seus personagens favoritos, expressarem sua criatividade e se unirem em uma comunidade global apaixonada. 

Hoje, o cosplay é uma parte integral de eventos de cultura pop em todo o mundo. Em grandes convenções como a Comic Con e a Tokyo Game Show, é comum ver milhares de cosplayers exibindo suas criações, muitas vezes fruto de meses de trabalho meticuloso. Essas convenções oferecem não apenas um espaço para os cosplayers mostrarem suas fantasias, mas também para participarem de concursos, onde são julgados por sua habilidade de recriação e interpretação dos personagens.

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.