InícioCinema e TVTudo que você precisa saber sobre Dieter Eagan de Ruptura (Severance)

Tudo que você precisa saber sobre Dieter Eagan de Ruptura (Severance)

A segunda temporada de Ruptura (Severance) aprofunda ainda mais os mistérios em torno da família Eagan, explorando detalhes inéditos sobre o passado de Kier Eagan. No episódio 4, surge a figura de seu irmão gêmeo, Dieter Eagan, cuja história levanta questões sobre a mitologia da Lumon Industries e o legado do fundador da empresa. Embora muitos elementos dessa narrativa pareçam exagerados, fica a dúvida sobre o que é real e o que faz parte da doutrina construída em torno da figura de Kier.

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Dieter Eagan era o irmão gêmeo de Kier

Tudo que você precisa saber sobre Dieter Eagan de Ruptura (Severance)

Segundo o que é relatado no Quarto Apêndice de Kier, Dieter era seu irmão gêmeo. Esse apêndice, escrito pelo próprio Kier em seus últimos momentos, é considerado um texto sagrado dentro da Lumon e, segundo Milchick, é proibido no setor dos funcionários “rupturados”. Nele, é descrito que Dieter convenceu Kier a abandonar a casa da família e viver na floresta como um “pária”. Por lealdade ao irmão, Kier aceitou a proposta e passou a viver em Woe’s Hollow. No entanto, essa convivência durou pouco, pois Kier se deparou com algo em Dieter que o perturbou profundamente.

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Dieter foi punido e morreu de forma brutal

Tudo que você precisa saber sobre Dieter Eagan de Ruptura (Severance)

De acordo com o Quarto Apêndice, Dieter cometeu um ato considerado condenável: ele “derramou sua linhagem sobre o solo”, uma referência ao fato de que ele se masturbou enquanto vivia na floresta. Como punição, seu olho esquerdo saltou da órbita e seu couro cabeludo caiu como musgo. Horrorizado pelos gritos do irmão, Kier se aproximou da cachoeira de Woe’s Hollow para abafar o som, e nesse momento, encontrou Woe, descrita como “uma noiva cadavérica, metade do tamanho de uma mulher comum”.

Embora essa história tenha um tom alegórico, Milchick afirma que os eventos descritos realmente aconteceram. Há indícios de que Kier pode ter matado Dieter, possivelmente afogando-o na cachoeira, após sentir-se envergonhado e irritado com sua rebeldia. Além do ato que considerava imoral, Dieter também se recusava a seguir o caminho da família e a trabalhar no moinho de éter do pai. Para Kier, isso representava uma afronta ao dever e à ordem, valores que ele buscava impor em sua filosofia de vida.

O Quarto Apêndice transforma Dieter em uma lição moral

A história de Dieter Eagan é usada como uma parábola para justificar os princípios de Kier sobre disciplina e trabalho. No texto, Kier classifica o irmão como um símbolo do caos e da devassidão, alguém que desperdiçou seu potencial ao rejeitar a tradição familiar. Em contrapartida, ele próprio teria sido recompensado por sua retidão, conseguindo dominar um dos chamados “quatro temperamentos”, o Woe.

Dentro da Lumon, Kier Eagan é tratado como uma figura paterna para os funcionários, reforçando a ideia de que lealdade e compromisso são fundamentais. Ao antagonizar Dieter como um exemplo de desobediência e prazer egoísta, Kier fortalece a imagem de sua empresa como um bastião da ordem e da tradição.

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Dieter Eagan realmente existiu?

Apesar da forma solene com que o Quarto Apêndice trata a história de Dieter, há indícios de que ele pode nunca ter existido. Helena Eagan, por exemplo, não parece levar o relato a sério, chegando a debochar da cena em que Dieter é punido. Caso Dieter fosse realmente um membro da família, seria improvável que Helena zombasse de um evento tão trágico.

Outra possibilidade é que Dieter tenha sido apagado da história oficial da família Eagan, pois sua existência entrava em conflito com a narrativa que Kier queria construir. Se o Quarto Apêndice mistura fato e ficção, é possível que Dieter tenha sido um dos muitos sacrifícios que pavimentaram o caminho da Lumon, seja de forma literal ou metafórica.

Confira mais sobre a série

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Ruptura (Severance) é uma série de suspense psicológico que explora os limites do controle corporativo e da identidade humana. A trama acompanha Mark Scout (Adam Scott), um funcionário da Lumen Industries que se submete a um procedimento chamado “ruptura”, que separa cirurgicamente as memórias relacionadas ao trabalho das memórias pessoais. Durante o expediente, Mark e seus colegas não têm nenhuma lembrança de suas vidas fora da empresa, enquanto suas versões “externas” desconhecem completamente o que fazem no trabalho.

À medida que eventos misteriosos começam a ocorrer, Mark descobre inconsistências perturbadoras que desafiam a lógica da separação. Ele se vê forçado a questionar as intenções da Lumen e os verdadeiros efeitos do procedimento de ruptura, enquanto tenta desvendar a verdade por trás da vida dupla que foi imposto a ele e aos outros funcionários.

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