A série documental A Mulher da Casa Abandonada chega ao catálogo do Prime Video em 15 de agosto. Baseada no podcast homônimo criado pelo jornalista Chico Felitti, a produção promete expandir a narrativa que se tornou um fenômeno em 2022, apresentando imagens inéditas, entrevistas exclusivas e novos ângulos do caso.
Com três episódios lançados simultaneamente, a obra é dirigida por Katia Lund, que também assina a produção executiva, ao lado de Livia Gama e Yasmin Thayná.
Origem da história
A trama ganhou repercussão nacional e internacional após a investigação de Felitti revelar a identidade de Margarida Bonetti, moradora reclusa de uma mansão deteriorada em Higienópolis, São Paulo. Conhecida entre os vizinhos pelo uso constante de uma pomada branca no rosto, Margarida foi acusada de manter, junto ao então marido Renê Bonetti, a trabalhadora doméstica brasileira Hilda Rosa dos Santos em condições análogas à escravidão nos Estados Unidos por cerca de duas décadas.
O caso nos Estados Unidos
Na década de 1970, o casal se mudou para o território norte-americano levando Hilda, que teria trabalhado sem salário, sofrendo agressões físicas e psicológicas. Renê foi condenado a seis anos e meio de prisão e hoje atua em uma empresa ligada à NASA. Margarida fugiu para o Brasil antes de ser julgada e nunca cumpriu pena, já que o crime prescreveu.
O episódio contribuiu para a criação de uma lei norte-americana que protege vítimas de trabalho forçado, garantindo a possibilidade de permanência legal no país a quem denunciar abusos.
Impacto e repercussão
A casa de Margarida, avaliada em cerca de R$ 15 milhões, se tornou um ponto de curiosidade pública após a estreia do podcast. Moradores e visitantes passaram a fotografar e registrar vídeos do imóvel, muitas vezes vandalizando a propriedade. Em 2022, a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão no local, investigando denúncias de abandono de incapaz. O inquérito foi arquivado por falta de provas de risco à integridade física da moradora.
O que a série trará de novo
Diferente do podcast, que não contou com a voz da vítima, a adaptação televisiva apresenta, pela primeira vez, o depoimento de Hilda Rosa dos Santos. Também inclui entrevistas com ex-vizinhos, investigadores do FBI e especialistas, além de imagens gravadas nos Estados Unidos. O objetivo é oferecer um retrato mais completo das consequências jurídicas e sociais do caso, reforçando o debate sobre impunidade, racismo estrutural e a vulnerabilidade de trabalhadores domésticos.
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