Ao longo de suas quatro temporadas, Mr. Robot se consolidou como uma das séries mais ousadas e inovadoras da televisão moderna. Criada por Sam Esmail, a produção estrelada por Rami Malek se destacou por mergulhar em temas como saúde mental, crise de identidade, desigualdade social e desconfiança nas instituições. Mas o que realmente marcou o público foram suas reviravoltas surpreendentes — inteligentes, bem construídas e, muitas vezes, emocionantes. A seguir, reunimos os maiores plot twists da série e como eles impactaram a narrativa.
Phillip Price é pai biológico de Angela
Phillip Price, um dos executivos mais poderosos do mundo corporativo retratado em Mr. Robot, sempre demonstrou um interesse incomum por Angela Moss. Esse comportamento, que parecia apenas paternalista ou estratégico, ganhou novo significado na terceira temporada, quando é revelado que ele é, na verdade, o pai biológico da jovem. A revelação ajuda a compreender melhor as motivações de Price, mas não altera substancialmente a trajetória de Angela, que já havia se desviado de seus princípios muito antes disso.
Dom, mesmo ferida, derrota Janice
A agente Dominique DiPierro passou por momentos difíceis na quarta temporada, sendo chantageada pelo grupo criminoso Dark Army. Mesmo gravemente ferida, Dom consegue virar o jogo contra Janice, sua cruel supervisora. A reviravolta ocorre no momento mais tenso, quando a vida de sua família está em risco. Com a ajuda de um criminoso com quem ela havia feito um acordo, Dom salva seus entes queridos e executa Janice, em um desfecho inesperado e catártico.
Leon, de amigo excêntrico a espião do Dark Army
Apresentado como um personagem excêntrico e quase cômico, Leon parecia ser apenas um amigo leal de Elliot. Porém, a série revela que ele fazia parte do Dark Army desde o início e estava encarregado de proteger Elliot. A revelação muda completamente a percepção do personagem e reforça a sensação de que, em Mr. Robot, nada é por acaso ou insignificante.
A verdadeira face do “Estágio 2”
Durante boa parte da terceira temporada, os personagens — e o público — acreditavam que o Estágio 2 seria o ataque ao prédio da E Corp em Nova York. No entanto, o plano era muito mais devastador: a explosão simultânea de 71 instalações da empresa. O objetivo deixa claro o grau de manipulação de Whiterose, além de expor a gravidade das consequências de se brincar com a ilusão de justiça por meios extremos.
Angela, de moralista a devota do Dark Army
Introduzida como uma mulher ética e determinada, Angela choca ao aceitar um cargo na E Corp — a mesma empresa responsável pela morte de seus pais e dos de Elliot. Com o tempo, ela vai além: se torna uma seguidora da ideologia de Whiterose e trabalha diretamente com o Dark Army. Sua transformação, impulsionada por sede de justiça e também por vaidade, culmina em decisões que afetam diretamente os destinos dos protagonistas.
Elliot esteve preso o tempo todo
Uma das maiores surpresas da segunda temporada acontece no sétimo episódio, quando se descobre que Elliot está, na verdade, cumprindo pena na prisão desde o início do arco. As cenas repetitivas e os cenários pouco usuais faziam parte de uma realidade alternativa criada por sua mente, como forma de negar a própria condição. A revelação reconfigura toda a temporada e acrescenta mais camadas ao personagem.
Darlene é sua irmã
Durante a primeira temporada, a relação entre Elliot e Darlene parecia de companheirismo extremo, quase íntima. Isso até o momento em que Elliot tenta beijá-la, e ela reage com choque. O motivo? Eles são irmãos, e ele havia se esquecido disso. A revelação é desconcertante, mas justifica a conexão emocional entre os dois e indica o nível de dissociação mental vivido por Elliot.
A origem de Mr. Robot
Muito se especulou sobre a relação entre Elliot e a figura de Mr. Robot, interpretado por Christian Slater. Porém, foi apenas na quarta temporada que o verdadeiro motivo de sua criação veio à tona. Mr. Robot nasceu como uma defesa psicológica contra os abusos que Elliot sofreu do próprio pai. Não era apenas um alter ego rebelde, mas um escudo emocional construído para suportar traumas profundos.
Elliot e Mr. Robot são a mesma pessoa
Desde o início, havia suspeitas sobre a natureza da relação entre Elliot e Mr. Robot. A confirmação de que são, na verdade, a mesma pessoa — com Mr. Robot sendo uma manifestação de seu transtorno dissociativo de identidade — muda tudo. O alter ego, inspirado em uma versão idealizada do pai, representa tanto a dor quanto a necessidade de proteção do protagonista. A reinterpretação da primeira temporada com esse olhar torna tudo ainda mais complexo e brilhante.
A revelação da terceira personalidade
No episódio final, a série guarda sua reviravolta mais ambiciosa: o Elliot que o público acompanhou por quatro temporadas não era o “verdadeiro” Elliot. Ele era apenas mais uma personalidade criada para proteger o Eu original, que havia se retraído completamente após traumas de infância. Esse twist funciona por estar embutido desde o começo, com pistas sutis espalhadas ao longo de toda a narrativa, como o esquecimento de que Darlene era sua irmã.
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