A 3ª e última temporada de Round 6 retorna com uma seleção reduzida de jogos, mas que não economiza na violência, tensão e dilemas morais. O que falta em quantidade, sobra em brutalidade. Cada um dos três desafios centrais apresentados carrega não apenas regras engenhosas, mas também uma carga simbólica pesada, onde a sobrevivência depende tanto da astúcia quanto da humanidade de cada jogador.
Confira abaixo uma análise detalhada de cada jogo da temporada final e como eles moldaram o desfecho da história.
Esconde-esconde
O primeiro jogo da terceira temporada se desenrola entre os episódios 1 e 2 e reinventa a clássica brincadeira de esconde-esconde de forma cruel e estratégica. Os participantes são divididos em duas equipes por meio de uma máquina de bolinhas de gude. Aqueles que tiram bolinhas azuis se tornam os “escondidos”, enquanto os de bolinhas vermelhas assumem o papel de “caçadores”.
Cada escondido recebe uma chave com formato geométrico diferente (quadrado, triângulo ou círculo), e apenas a combinação dos três tipos é capaz de abrir a porta de saída. Isso força alianças improvisadas e traições inesperadas, já que os jogadores precisam cooperar e competir ao mesmo tempo.
A virada mais chocante ocorre quando os caçadores recebem facas com a missão de eliminar pelo menos um escondido para seguir no jogo. Alguns se contentam com o mínimo necessário, enquanto outros aproveitam a oportunidade para eliminar rivais e reduzir a concorrência.
A contagem regressiva de 30 minutos adiciona urgência ao caos. Antes da partida, há ainda a chance de trocar de função com alguém do time oposto, desde que haja consentimento. O resultado é um jogo onde confiança vira moeda de troca e sobrevivência depende de decisões implacáveis.
Pular Corda
No segundo jogo, que ocorre entre os episódios 3 e 4, a brincadeira aparentemente inofensiva de pular corda é levada ao extremo. Os jogadores precisam atravessar uma passarela estreita enquanto pulam uma “corda” metálica girada pela icônica boneca Young-hee e seu irmão robótico.
Cada giro da corda aumenta em velocidade, e qualquer erro de cálculo resulta em queda livre rumo à morte. Para agravar ainda mais a situação, os participantes têm apenas 20 minutos para atravessar o percurso.
O jogo ainda apresenta um elemento surpreendente: o bebê de Jun-hee é incluído como jogador após a morte da mãe, tornando-se oficialmente o jogador 222. Essa decisão dos VIPs acrescenta uma camada emocional que influencia diretamente os desfechos dos episódios seguintes.
Apesar da simplicidade das regras, o jogo serve como campo fértil para traições e disputas físicas. Um dos jogadores tenta sabotar o avanço dos demais, empurrando-os da passarela, até ser confrontado por Gi-hun, que exige jogo limpo para evitar mais mortes desnecessárias.
Jogo da Lula nas Alturas
O derradeiro jogo da temporada, iniciado no episódio 5 e finalizado no episódio 6, leva o conceito de brutalidade a um novo patamar. Intitulado “Jogo da Lula nas Alturas”, o desafio acontece no topo de três pilares gigantescos, com formatos que remetem aos símbolos clássicos da série: quadrado, triângulo e círculo.
O jogo exige que, para avançar de um pilar ao próximo, ao menos um jogador seja empurrado para a morte. Um botão no chão ativa uma contagem regressiva de 15 minutos em cada estágio, pressionando os sobreviventes a tomar decisões rápidas e letais.
A sequência culmina num confronto final entre Gi-hun, Myeong-gi e o bebê. Quando Myeong-gi finalmente cai, restam apenas Gi-hun e o bebê. Em um ato comovente, Gi-hun decide se sacrificar para garantir a vitória da criança, rompendo com o ciclo de violência que marcou a série desde seu início.
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