O episódio 7 da segunda temporada de Ruptura finalmente dá aos espectadores uma visão mais clara do enigmático andar de testes da Lumon. Entre as várias revelações da trama, o capítulo destaca uma série de salas onde experimentos estranhos são conduzidos em Gemma. Essas cenas não apenas aprofundam o mistério da empresa, mas também conectam diretamente o trabalho de Mark no Departamento de Refinamento de Dados (MDR) às experiências vividas por sua esposa nesse setor desconhecido da organização.
Ao longo do episódio, fica evidente que cada uma das salas de testes leva o nome de um arquivo que Mark processou no MDR. No entanto, mesmo com essa conexão revelada, o episódio só mostra o interior de três dessas salas, levantando ainda mais questões sobre os verdadeiros objetivos da Lumon.
A Sala do Dentista – Wellington
Entre as seis salas citadas no episódio — Billings, Lucknow, St. Pierre, Cairns, Zurich e Wellington — é nesta última que Gemma entra primeiro. Assim que atravessa a porta, ela assume a identidade de um novo Innie e demonstra um nervosismo crescente ao reconhecer o ambiente e a presença do Dr. Mauer, sugerindo que já sabe o que a espera ali.
Embora o episódio não revele detalhes explícitos do que ocorre dentro da sala, tudo indica que Gemma é submetida a um procedimento odontológico doloroso. A intenção parece ser avaliar se o trauma sofrido nessa experiência pode ser levado para sua versão Outie quando a transição acontece.
Cada uma das salas do andar de testes parece criar uma nova versão de Innie para Gemma, que assume não apenas uma identidade distinta, mas também trajes específicos para cada ambiente. Essa estratégia pode ser uma forma da Lumon estabelecer um controle rigoroso sobre as experiências e suas consequências.
Mesmo sem se lembrar de nada ao sair da sala Wellington, Gemma reclama de dores na mandíbula, sugerindo que, apesar do bloqueio de memória imposto pela ruptura, seu corpo ainda carrega os efeitos físicos do experimento.
A Sala da Simulação de Voo – Nome Desconhecido
A segunda sala visitada por Gemma no episódio 7 não tem seu nome revelado, mas se mostra uma das mais perturbadoras. Assim que assume uma nova identidade de Innie, ela se encontra dentro de um avião, sentada junto à janela, como passageira. O ambiente simula um voo com turbulência extrema, aumentando a sensação de pânico.
O Dr. Mauer aparece mais uma vez, desta vez disfarçado como comissário de bordo. Ele a serve uma refeição e até pergunta se ela prefere café ou chá antes de ser lançado ao teto da cabine pela força da turbulência.
Essa sala não apenas sugere que a Lumon possui uma tecnologia avançada de simulação, mas também indica um padrão nos experimentos: expor Gemma aos medos mais comuns da humanidade. Se a sala Wellington testava a dor e o trauma odontológico, essa sala explora o medo de voar.
Além disso, o episódio sugere que as versões Innie de Gemma são presas em loops contínuos dentro dessas salas. Como essas identidades só existem enquanto estão nesses espaços, elas vivenciam esses traumas repetidamente, sem escapatória.
A Sala do Natal Sem Fim – Nome Desconhecido
Antes de entrar na terceira sala exibida no episódio, Gemma veste uma camisola vermelha e uma aliança de casamento. No interior do ambiente, ela se vê forçada a escrever inúmeras cartas de agradecimento por presentes de Natal, até que sua mão começa a doer. Mais uma vez, o objetivo parece ser avaliar se essa dor persiste quando ela retorna ao estado Outie.
A conexão dessa sala com a vida pessoal de Gemma é particularmente intrigante. Em uma cena anterior da série, ela menciona para Mark que odeia escrever cartas de agradecimento. A Lumon, de alguma forma, parece ter acesso a essa informação e a utiliza contra ela nos testes.
No final da experiência, Mauer lhe diz “eu te amo” e espera que ela responda da mesma forma. Essa cena reflete um momento do passado de Gemma com Mark, quando ela se despede para ir a uma festa e diz que o ama, mas ele, distraído, não retribui as palavras.
A sala de Natal reforça a hipótese de que a Lumon pode estar tentando mapear possíveis vazamentos de memórias entre o Outie e o Innie, recriando experiências específicas para avaliar se alguma lembrança ressurge em seu estado consciente.
O Que a Lumon Está Tentando Descobrir?
O episódio 7 da segunda temporada de Ruptura reforça a ideia de que a Lumon está conduzindo experimentos para entender os limites da segmentação de memórias. Se a empresa conseguir impedir que traumas e experiências dolorosas vazem entre os estados Innie e Outie, poderá, teoricamente, criar um sistema em que os Outies possam delegar seus piores momentos para suas versões segmentadas, sem jamais sentir qualquer impacto emocional ou psicológico.
Confira mais sobre a série
- Tudo que você precisa saber sobre a 2ª temporada de Ruptura (Severance)
- Resumo da 1ª temporada de Ruptura (Severance)
Ruptura (Severance) é uma série de suspense psicológico que explora os limites do controle corporativo e da identidade humana. A trama acompanha Mark Scout (Adam Scott), um funcionário da Lumen Industries que se submete a um procedimento chamado “ruptura”, que separa cirurgicamente as memórias relacionadas ao trabalho das memórias pessoais. Durante o expediente, Mark e seus colegas não têm nenhuma lembrança de suas vidas fora da empresa, enquanto suas versões “externas” desconhecem completamente o que fazem no trabalho.
À medida que eventos misteriosos começam a ocorrer, Mark descobre inconsistências perturbadoras que desafiam a lógica da separação. Ele se vê forçado a questionar as intenções da Lumen e os verdadeiros efeitos do procedimento de ruptura, enquanto tenta desvendar a verdade por trás da vida dupla que foi imposto a ele e aos outros funcionários.