Ted Sarandos se tornou peça-chave nos desdobramentos que levaram a Netflix a arrematar a Warner Bros. Discovery por US$ 82,7 bilhões. Segundo relatos divulgados pela Bloomberg, o executivo participou de uma reunião privada com o presidente Donald Trump na Casa Branca, semanas antes da conclusão do acordo. O encontro durou horas e teria funcionado como uma conversa decisiva para medir o ambiente político em torno da transação.
Fontes afirmam que Trump reforçou a ideia de que a Warner deveria ser vendida ao maior ofertante, posição que Sarandos interpretou como um sinal de que sua proposta não enfrentaria resistência imediata do governo. Esse entendimento deu ao executivo a confiança necessária para avançar na disputa, mesmo diante da pressão exercida por outras empresas interessadas, especialmente a Paramount Skydance.
Argumentos de mercado

Durante a conversa, Sarandos destacou que a Netflix não possui redes de TV aberta nem canais a cabo, e que sua força estaria restrita ao universo do streaming. O executivo argumentou ainda que a empresa havia enfrentado períodos recentes de perda de assinantes, o que provaria que não se trata de um conglomerado invencível. Ele teria afirmado que a aquisição apenas colocaria a companhia em posição comparável à do YouTube nos Estados Unidos, e não como uma ameaça monopolista absoluta.
Disputa com a Paramount e reviravolta política

A Paramount Skydance, até então considerada favorita, havia apostado em sua relação próxima com Trump, especialmente por meio de David e Larry Ellison. Fontes do setor afirmam que a empresa acreditava ter vantagem política e regulatória, o que levaria sua oferta a ser vista como mais segura.
O silêncio posterior de Trump sobre a negociação, comportamento incomum em grandes operações midiáticas, alimentou a percepção de que o diálogo com Sarandos havia mudado o cenário. Dias depois, a Netflix apresentou sua oferta final, superou os concorrentes e concordou com uma cláusula de US$ 5,8 bilhões em caso de rescisão, demonstrando convicção no andamento do processo.
A dimensão histórica do acordo

O anúncio oficial, feito em 5 de dezembro de 2025, consolidou uma das maiores aquisições da história da mídia. Com o negócio, a Netflix assumiu o controle de um acervo que inclui estúdios centenários, marcas icônicas como HBO e títulos considerados pilares da cultura audiovisual.
A operação gerou forte reação no setor. Organizações como a Writers Guild of America e a Producers Guild criticaram duramente a venda. Personalidades, entre elas Jane Fonda, manifestaram preocupação com a concentração de poder em torno de uma única plataforma de streaming. O sindicato dos atores, SAG-AFTRA, adotou uma postura mais cautelosa, mas igualmente expressou dúvidas sobre os impactos para o futuro da indústria.
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