Stranger Things aprofunda no Volume 2 da quinta temporada o papel da Dra. Kay como uma ameaça paralela a Vecna e revela, com mais clareza, o objetivo por trás de sua caçada obsessiva por Eleven. A volta de Kali ao centro da trama funciona como peça-chave para explicar até onde a cientista está disposta a ir para recriar os experimentos conduzidos por Martin Brenner no passado.
A captura de Kali e os experimentos secretos
Kali reaparece em Stranger Things como a prisioneira da base militar localizada no Mundo Invertido, sob a supervisão direta da equipe da Dra. Kay. Durante o cativeiro, ela é submetida a constantes coletas de sangue, mantida imobilizada e enfraquecida.
Mesmo debilitada, Kali tenta fugir ao fingir que seu corpo está entrando em colapso, o que leva os médicos a afrouxarem suas contenções. Ao circular pela base durante a tentativa de escapar, ela descobre o verdadeiro objetivo das experiências conduzidas ali, uma revelação que explica por que a Dr. Kay nunca desistiu de encontrar Eleven.
O uso de mulheres grávidas e o retorno do Projeto MKUltra
A grande descoberta feita por Kali envolve salas cheias de mulheres grávidas recebendo transfusões de seu sangue. O procedimento, no entanto, se mostra um fracasso, deixando as pacientes em estado crítico e sem apresentar os resultados esperados pela cientista.
Esses testes são uma continuação direta do Projeto MKUltra, criado por Brenner para reproduzir as habilidades de Henry Creel em novas crianças. No passado, o sangue de Henry foi usado em gestantes, resultando em indivíduos com poderes psíquicos. Com a morte ou desaparecimento da maioria dos antigos experimentos, a Dra. Kay retoma essa metodologia de forma ainda mais extrema.
Por que o sangue de Eleven é essencial
Eleven surge como a peça central do plano da Dra. Kay por ser a única que alcançou um nível de poder comparável ao de Henry. O próprio surgimento das habilidades de Eleven está ligado às transfusões feitas em sua mãe, Terry Ives, o que faz da garota a prova viva de que o projeto pode funcionar.
A impossibilidade de capturar Henry, agora transformado em Vecna, leva Dra. Kay a concentrar todos os esforços em Eleven. Isso também explica por que a cientista orienta os militares a não ferirem a garota caso ela seja localizada, já que sua sobrevivência é fundamental para o sucesso dos experimentos.
O ciclo de exploração
Kali demonstra ceticismo em relação à possibilidade de Eleven levar uma vida normal, mesmo que Vecna e Dra. Kay sejam derrotados. Para ela, o problema é estrutural e não se encerra com a queda de um único antagonista, já que sempre existirão pessoas interessadas em explorar esse tipo de poder.
A conversa entre as duas expõe um dos dilemas centrais da temporada final: a ideia de sacrifício como única forma de romper o ciclo. Ao sugerir que permaneçam no Mundo Invertido, Kali reforça a noção de que a existência de Eleven continuará atraindo ameaças enquanto seus poderes existirem, colocando em dúvida qualquer chance real de normalidade após o conflito final.
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