Yahlin Chang e Eric Tuchman, responsáveis pela condução criativa de The Handmaid’s Tale, revelaram o motivo por trás da ausência de um dos momentos mais esperados pelos fãs: o reencontro entre June e sua filha Hannah. Mesmo com Boston finalmente liberta do domínio de Gilead graças à revolta das Aias liderada por June, a série optou por encerrar sua trajetória sem concretizar o reencontro materno.
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No episódio final, a protagonista retorna sozinha à casa dos Waterford, agora destruída, e grava um depoimento sobre sua luta. Ainda assim, o público não presencia o tão aguardado momento entre mãe e filha, um arco que permaneceu em construção ao longo das seis temporadas.
Os bastidores da decisão narrativa
Em entrevista ao Los Angeles Times, Chang e Tuchman explicaram que a impossibilidade do reencontro está diretamente ligada à adaptação de The Testaments, obra de Margaret Atwood que dará continuidade ao universo da série. Segundo eles, o planejamento da sequência exigiu que Hannah permanecesse distante de June, o que impediu o encerramento emocional dessa relação.
“Foi algo com que lutamos bastante, pessoalmente foi difícil não entregar ao público — e a mim mesma — o que queríamos tanto ver,” comentou Chang. Tuchman reforçou o sentimento de frustração com a limitação criativa: “Sabíamos o quanto os fãs ansiavam por esse reencontro, pois ele foi o motor emocional da trajetória de June desde o início.”
Nova abordagem emocional para June
Sem a possibilidade de finalizar a série com a reunião familiar, os roteiristas decidiram investir em um desfecho mais reflexivo, voltado à resiliência emocional da protagonista. A ausência do encontro deu espaço para explorar um novo eixo narrativo: o que significa seguir em frente mesmo quando aquilo que se mais deseja parece inalcançável.
“A ideia de continuar lutando, mesmo sem garantia de vitória, é poderosa,” explicou Tuchman. “June continua a amar, a esperar, a resistir. E, como qualquer mãe, ela não vai parar de tentar.” Essa mensagem passou a representar o coração do final da série, segundo os criadores.
O futuro de Hannah será explorado em The Testaments
O motivo principal para que Hannah não se reúna com a mãe em The Handmaid’s Tale é que sua história será aprofundada em The Testaments, cuja produção já está em andamento. Na nova trama, a jovem será conhecida como Agnes, nome adotado ao ser criada pela família MacKenzie dentro do regime de Gilead. A personagem será interpretada por Chase Infiniti, e seu arco se desenvolverá de forma independente.
Ainda não está claro se June voltará a aparecer na sequência, uma vez que apenas a personagem Tia Lydia, vivida por Ann Dowd, está confirmada no novo projeto. No entanto, o espírito da luta da protagonista permanecerá vivo como legado emocional e político da série original.
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The Handmaid’s Tale se passa em uma sociedade distópica chamada Gilead, onde um regime teocrático toma o controle dos Estados Unidos. Neste sistema opressor, as mulheres são privadas de seus direitos, e aquelas que ainda podem conceber são forçadas a se tornarem Aias, servindo as famílias da elite com o propósito de gerar filhos. A trama acompanha June Osborne, uma dessas Aias, enquanto ela luta para sobreviver e manter a esperança de reencontrar sua filha, separada dela ao ser capturada pelo regime.
Ao longo da série, June busca aliados dentro e fora de Gilead para resistir e expor as atrocidades cometidas pelo regime. Entre abusos e traições, ela desenvolve uma relação complexa com Serena Joy e Nick Blaine, personagens que desafiam o sistema de diferentes formas. The Handmaid’s Tale oferece um retrato poderoso de sobrevivência, esperança e resistência em meio à brutalidade, explorando questões de liberdade, identidade e poder em uma sociedade que corrompeu a moralidade em nome da ordem.
Você pode assistir a The Handmaid’s Tale (O Conto da Aia) no Disney Plus ou no Paramount Plus.
