Irving e Dylan, personagens centrais de Ruptura (Severance), foram demitidos pela Lumon no segundo episódio da 2ª temporada, enquanto Mark permaneceu empregado. A decisão levanta questões sobre os motivos específicos que levaram a empresa a tratar os três de maneira distinta, especialmente considerando o envolvimento de todos na ativação da Contingência de Tempo Extra no final da 1ª temporada.
A estratégia da Lumon para encobrir a Contingência de Tempo Extra
A demissão de Irving e Dylan faz parte de uma estratégia maior da Lumon para ocultar os eventos desencadeados pela Contingência de Tempo Extra. Durante o desfecho da 1ª temporada, os “Innies” de Mark, Dylan, Helly e Irving despertaram no mundo exterior, mas os efeitos dessa ação foram rapidamente contidos. Milchick, gerente da Lumon, visitou os “Outies” dos funcionários para decidir o próximo passo e optou por demitir Irving e Dylan, alegando motivos que poderiam ser facilmente manipulados.
No caso de Dylan, seu “Innie” não foi ativado fora do ambiente de trabalho, o que permitiu à Lumon fabricar uma justificativa para sua demissão sem resistência. Já Irving, cujo “Innie” aparentemente não interagiu com ninguém de fora, também teve sua demissão definida com base em sua suposta falta de envolvimento direto na Contingência. Assim, a empresa eliminou dois potenciais riscos de exposição.
A participação de Mark complicou sua demissão
Diferentemente de Irving e Dylan, Mark teve um papel mais exposto durante os eventos da Contingência de Tempo Extra. Seu “Innie” despertou em uma festa organizada por sua irmã Devon, onde revelou detalhes sobre a Lumon e o funcionamento da separação de memórias. Essa interação tornou impossível para Milchick criar uma narrativa falsa sobre Mark sem levantar suspeitas, especialmente porque outras pessoas, como Devon e Ricken, também foram impactadas pelas revelações.
Milchick lidou com a situação de forma diferente, abordando Mark diretamente para admitir que a Contingência havia sido ativada e tentando obter informações sobre o que ele havia contado à sua família. Sem sucesso, o gerente utilizou outros argumentos para convencer Mark a permanecer na empresa, incluindo a relação emocional de seu “Innie” com Helly e sua conexão com a falecida esposa, Gemma.
A importância de Mark para o “Projeto Cold Harbor”
Um fator crucial para a decisão da Lumon de manter Mark foi sua ligação com o enigmático “Projeto Cold Harbor”. No primeiro episódio da 2ª temporada, é sugerido que o trabalho de Mark no departamento de Refinamento de Macrodados está diretamente relacionado a esse projeto, com indícios de conexão entre sua tarefa e a figura de Gemma, também conhecida como Ms. Casey.
A relação pessoal de Mark com Gemma e sua importância no andamento do projeto tornam sua posição insubstituível para a Lumon. Por essa razão, mesmo após os eventos da Contingência de Tempo Extra, a empresa não considerou demiti-lo, evidenciando que seu papel dentro da organização é mais estratégico do que aparenta.
Confira mais sobre a série
- Tudo que você precisa saber sobre a 2ª temporada de Ruptura (Severance)
- Resumo da 1ª temporada de Ruptura (Severance)
Ruptura (Severance) é uma série de suspense psicológico que explora os limites do controle corporativo e da identidade humana. A trama acompanha Mark Scout (Adam Scott), um funcionário da Lumen Industries que se submete a um procedimento chamado “ruptura”, que separa cirurgicamente as memórias relacionadas ao trabalho das memórias pessoais. Durante o expediente, Mark e seus colegas não têm nenhuma lembrança de suas vidas fora da empresa, enquanto suas versões “externas” desconhecem completamente o que fazem no trabalho.
À medida que eventos misteriosos começam a ocorrer, Mark descobre inconsistências perturbadoras que desafiam a lógica da separação. Ele se vê forçado a questionar as intenções da Lumen e os verdadeiros efeitos do procedimento de ruptura, enquanto tenta desvendar a verdade por trás da vida dupla que foi imposto a ele e aos outros funcionários.