June Osborne, interpretada por Elisabeth Moss, é o centro do episódio final da sexta temporada de The Handmaid’s Tale. Apesar de Boston ter sido libertada após a explosão que matou os principais comandantes de Gilead, a luta de June e da resistência Mayday está longe de terminar. A capital da Nova Inglaterra tornou-se um símbolo de retomada americana, mas o regime opressor ainda domina grande parte do território.
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Boston renasce, mas a guerra continua
Após 19 dias de confronto, Gilead se retira de Boston. A cidade, marcada por luto e destruição, começa a se reerguer. O prédio do Boston Globe, antigo esconderijo de June, se transforma em centro de operações da resistência. Liderado por Mark Tuello (Sam Jaeger) e com Luke (O-T Fagbenle) à frente da infraestrutura, o local marca uma nova etapa na campanha contra o regime.
A reconquista de Boston não significa que os problemas acabaram. Hannah, filha de June, continua sob domínio de Gilead, agora ainda mais próxima fisicamente, com a realocação de seu comandante para Washington, D.C. A busca por Janine (Madeline Brewer) também segue sem solução definitiva.
Serena: entre redenção e condenação
Serena Joy (Yvonne Strahovski), peça central da narrativa desde a primeira temporada, reaparece em um dos diálogos mais intensos do episódio. Ao parabenizar June pela vitória, revela ter sido a responsável por fornecer as informações do voo que matou os líderes de Gilead. Com um tom resignado, Serena cita Oppenheimer para reconhecer o impacto de suas ações.
Sem passaporte e sem destino certo, Serena se vê presa em um limbo político. Em uma rara demonstração de vulnerabilidade, admite suas falhas e pede perdão — que June, surpreendentemente, oferece. A cena marca um encerramento simbólico da conturbada relação entre as duas, com atuações marcantes de Moss e Strahovski.
O inesperado retorno de Emily
Em uma das reviravoltas mais emocionantes do episódio, Emily (Alexis Bledel) ressurge após ter deixado a série na quinta temporada. Sua volta representa a esperança que se renova. O reencontro com June é carregado de emoção, e ambas caminham juntas até o icônico muro onde os corpos de guardiões agora pendem, uma inversão de papéis emblemática.
A sequência também inclui uma cena onírica em que as personagens se reúnem em uma realidade alternativa, onde Gilead jamais existiu. A queima do manto vermelho da aia por June encerra esse momento simbólico, acompanhado da restauração da energia elétrica em Boston.
Reencontros e redenção
Outro ponto alto do episódio é o retorno de Janine. Após tudo o que sofreu, ela finalmente reencontra sua filha, Charlotte. Naomi, agora viúva de Lawrence, entrega a criança à mãe biológica em um gesto inesperado. Aunt Lydia (Ann Dowd), que ajudou na libertação, recebe o agradecimento de June, embora seus pecados do passado ainda pesem.
O aeroporto reaberto permite que June reencontre sua mãe, Holly, e sua filha mais nova. Apesar da felicidade do reencontro, June se prepara para partir novamente, determinada a seguir a luta por Hannah.
A missão de contar a verdade
Tanto sua mãe quanto Luke sugerem que June registre sua história em um livro. A ideia de deixar um legado escrito que ajude outras mulheres que passaram por traumas semelhantes ganha força. O relato não seria apenas uma memória de dor, mas um manifesto de resistência e sobrevivência.
Luke, que evolui de coadjuvante para líder de Mayday, reconhece a importância de todos os que ajudaram June, incluindo Nick. Há também um reconhecimento mútuo entre o ex-casal: o amor ainda existe, mas o foco é outro — encontrar Hannah e reconstruir o mundo.
De volta à casa dos horrores
No encerramento do episódio, June visita a antiga residência dos Waterford. O local, agora em ruínas, guarda memórias dolorosas. No andar de cima, no antigo quarto de Nick, ela encontra um gravador e começa a ditar sua história. É um retorno ao início da série, reforçado pelas mesmas palavras da narração do episódio piloto.
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The Handmaid’s Tale se passa em uma sociedade distópica chamada Gilead, onde um regime teocrático toma o controle dos Estados Unidos. Neste sistema opressor, as mulheres são privadas de seus direitos, e aquelas que ainda podem conceber são forçadas a se tornarem Aias, servindo as famílias da elite com o propósito de gerar filhos. A trama acompanha June Osborne, uma dessas Aias, enquanto ela luta para sobreviver e manter a esperança de reencontrar sua filha, separada dela ao ser capturada pelo regime.
Ao longo da série, June busca aliados dentro e fora de Gilead para resistir e expor as atrocidades cometidas pelo regime. Entre abusos e traições, ela desenvolve uma relação complexa com Serena Joy e Nick Blaine, personagens que desafiam o sistema de diferentes formas. The Handmaid’s Tale oferece um retrato poderoso de sobrevivência, esperança e resistência em meio à brutalidade, explorando questões de liberdade, identidade e poder em uma sociedade que corrompeu a moralidade em nome da ordem.
Você pode assistir a The Handmaid’s Tale (O Conto da Aia) no Disney Plus ou no Paramount Plus.