A pergunta “quem matou Odete Roitman?” se tornou um dos maiores enigmas da teledramaturgia brasileira. A morte da vilã, vivida por Beatriz Segall, mobilizou o país durante a exibição da novela Vale Tudo, de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, entre 1988 e 1989. A trama alcançou tamanha repercussão que bares, restaurantes e até teatros esvaziaram no dia da revelação do assassino.
A cena do crime
Odete Roitman foi assassinada a tiros em um apartamento, onde costumava se encontrar com César (Carlos Alberto Riccelli). A sequência foi exibida no capítulo do Natal de 1988, mas a identidade do autor dos disparos permaneceu em segredo até o último episódio, em janeiro do ano seguinte. A ausência de respostas mergulhou o público em especulações sem fim e alimentou apostas em todo o país. Até mesmo o jogo do bicho entrou na onda, aceitando palpites sobre o culpado.
O segredo guardado a sete chaves
Para preservar o mistério, a Globo adotou medidas extremas. Os roteiros entregues ao elenco tinham páginas faltando, e cinco finais diferentes foram gravados, cada um apontando um personagem distinto como culpado. Apenas no dia da exibição, em 6 de janeiro de 1989, a versão definitiva foi editada e transmitida. Nem mesmo os atores sabiam de antemão qual seria a cena escolhida.
A revelação surpreendente
No capítulo final, o público descobriu que a assassina era Leila, interpretada por Cássia Kis. Dominada pelo ciúme, ela acreditava que o marido, Marco Aurélio (Reginaldo Faria), mantinha um caso com Maria de Fátima (Glória Pires). Armada, Leila foi ao apartamento em busca da rival, mas acabou confundindo a silhueta de Odete com a de Fátima. Ao disparar, matou a vilã por engano.
A fuga e a cena icônica
Após o crime, Leila fugiu do país ao lado de Marco Aurélio e do filho. A cena final entrou para a história da televisão: ao som da música Brasil, de Gal Costa, o empresário faz um gesto obsceno em direção ao Cristo Redentor enquanto o jatinho decola, simbolizando seu desprezo pelo país.
O legado e a nova versão
O assassinato de Odete Roitman é lembrado até hoje como um dos maiores mistérios da TV brasileira. Mais de três décadas depois, a Globo trouxe de volta Vale Tudo em uma nova versão, desta vez sob autoria de Manuela Dias. A escritora já adiantou que a identidade do assassino será diferente, mantendo o suspense vivo para uma nova geração de espectadores.
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