J. Robert Oppenheimer, cientista central do Projeto Manhattan e figura-chave na criação da bomba atômica, voltou ao centro do debate popular com a estreia de Oppenheimer na Netflix, na última segunda-feira (7). Dirigido por Christopher Nolan e lançado originalmente nos cinemas em julho de 2023, o longa mergulha não apenas na complexidade científica e política da vida do físico, mas também em seus conflitos pessoais. Um dos aspectos que mais chama atenção no filme — e na biografia do verdadeiro Oppenheimer — são os casos extraconjugais que ele teve ao longo da vida.
Casamento conturbado desde o início
Oppenheimer se casou com Katherine “Kitty” Puening, interpretada por Emily Blunt, em 1940. No entanto, o relacionamento começou de maneira já controversa. Quando se conheceram, Kitty ainda era casada com Richard Harrison. O caso entre ela e Oppenheimer se tornou público rapidamente, principalmente após Kitty engravidar e decidir se divorciar para oficializar sua união com o físico. Eles se casaram pouco depois e tiveram dois filhos. No entanto, nem mesmo o casamento freou a vida amorosa paralela de Oppenheimer.
Jean Tatlock
O filme de Nolan foca especialmente no envolvimento de Oppenheimer com Jean Tatlock, vivida por Florence Pugh. Jean era uma psiquiatra e militante do Partido Comunista dos EUA, com quem o físico teve um relacionamento intenso, mesmo após seu casamento com Kitty. Eles se conheceram quando ela ainda era estudante e ele, professor na Universidade da Califórnia, em Berkeley.
A relação entre Jean e Oppenheimer foi marcada por tensão emocional, ideológica e, ao que tudo indica, sentimento verdadeiro, ao menos da parte dela. A narrativa do filme dá destaque a essa conexão, em parte por seu desfecho trágico. Jean morreu em 1944, oficialmente por suicídio, mas a circunstância de sua morte ainda hoje levanta suspeitas entre estudiosos e biógrafos do cientista.
Ruth Tolman
Além de Jean, o físico também manteve um relacionamento com Ruth Tolman, interpretada por Louise Lombard. Ruth era psicóloga e casada com Richard Tolman, conselheiro científico de alto escalão durante o Projeto Manhattan. Embora a ligação entre os dois tenha sido considerada profunda e significativa, o filme opta por tratar essa relação de forma muito mais sutil.
A escolha narrativa pode ter sido motivada pela carga dramática da história com Jean, que envolveu dilemas morais, ideológicos e a morte precoce de uma das figuras mais importantes da vida pessoal de Oppenheimer.
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