InícioCinema e TVQuanto poder os Estados Unidos ainda possui em The Handmaid's Tale?

Quanto poder os Estados Unidos ainda possui em The Handmaid’s Tale?

Mais de sete anos se passaram desde a queda dos Estados Unidos e a ascensão da República de Gilead. Ainda assim, os episódios da sexta temporada de The Handmaid’s Tale mostram que a antiga nação, embora enfraquecida, não foi completamente apagada do mapa geopolítico da série. Com território limitado, influência internacional minguante e poucas alianças resistentes, o país luta para manter alguma relevância em um cenário dominado por teocracia, opressão e disputas de poder.

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Restos de uma nação: onde os Estados Unidos ainda têm controle

A atual configuração dos Estados Unidos na série é quase simbólica. Conforme revelado no primeiro episódio da sexta temporada, apenas os estados do Alasca e do Havaí permanecem sob domínio norte-americano. Isso é representado visualmente por uma bandeira dos EUA com apenas duas estrelas, um retrato direto do encolhimento territorial da nação frente ao avanço de Gilead.

O Alasca, em especial, funciona como um ponto estratégico para resistência e operações de infiltração. É de lá que personagens como June, interpretada por Elisabeth Moss, buscam manter proximidade com Gilead e continuar suas missões de resgate, como no caso da tentativa de reencontro com sua filha, Hannah. No entanto, há também registros de resistência em antigas cidades dos EUA continentais, como Chicago e Los Angeles. Nesses locais, forças rebeldes mantêm presença, embora sob constante ameaça das tropas de Gilead.

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O declínio da influência americana no Canadá

Quanto poder os Estados Unidos ainda possui em The Handmaid's Tale?

No início da série, o Canadá surge como uma espécie de bastião da liberdade, acolhendo refugiados norte-americanos e abrigando o governo dos EUA no exílio. Toronto, por exemplo, abriga a chamada Little America, onde vivem personagens como Luke e Moira. Entretanto, essa parceria começa a se desgastar a partir da quarta temporada, em parte pela sobrecarga provocada pelo fluxo de refugiados e também pelo sucesso político e diplomático de Gilead.

Personagens como Serena Joy passaram a representar Gilead no exterior, promovendo uma imagem de estabilidade e renovação moral que atrai simpatia internacional. A queda de prestígio dos Estados Unidos no Canadá é evidenciada por declarações de diplomatas canadenses, que sugerem que os refugiados representam um peso insustentável. Com isso, o país passa a cogitar encerrar o reconhecimento do governo americano no exílio, o que representaria um golpe fatal para qualquer pretensão de retomada do poder por parte dos Estados Unidos.

O crescimento de Gilead e o isolamento dos Estados Unidos

Com índices de fertilidade em ascensão e um discurso religioso bem articulado, Gilead ganha força como alternativa viável no cenário global. O projeto Nova Belém, por exemplo, oferece repatriação de refugiados e serve como estratégia de marketing político da república teocrática. Ao mesmo tempo, iniciativas comerciais lideradas por figuras como o Comandante Lawrence promovem Gilead como uma potência aberta ao comércio e à diplomacia, em contraste com a imagem decadente do que restou dos Estados Unidos.

Esse cenário coloca o governo americano em uma situação cada vez mais frágil. O apoio internacional diminui, os recursos escasseiam e até mesmo aliados próximos, como o Canadá, começam a rever seus compromissos. Tudo isso enquanto Gilead continua consolidando sua presença militar e propagandista.

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The Handmaid’s Tale se passa em uma sociedade distópica chamada Gilead, onde um regime teocrático toma o controle dos Estados Unidos. Neste sistema opressor, as mulheres são privadas de seus direitos, e aquelas que ainda podem conceber são forçadas a se tornarem Aias, servindo as famílias da elite com o propósito de gerar filhos. A trama acompanha June Osborne, uma dessas Aias, enquanto ela luta para sobreviver e manter a esperança de reencontrar sua filha, separada dela ao ser capturada pelo regime.

Ao longo da série, June busca aliados dentro e fora de Gilead para resistir e expor as atrocidades cometidas pelo regime. Entre abusos e traições, ela desenvolve uma relação complexa com Serena Joy e Nick Blaine, personagens que desafiam o sistema de diferentes formas. The Handmaid’s Tale oferece um retrato poderoso de sobrevivência, esperança e resistência em meio à brutalidade, explorando questões de liberdade, identidade e poder em uma sociedade que corrompeu a moralidade em nome da ordem.

Você pode assistir a The Handmaid’s Tale (O Conto da Aia) no Disney Plus ou no Paramount Plus.

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João Victor Albuquerque
João Victor Albuquerque
Apaixonado por joguinhos, filmes, animes e séries, mas sempre atrasado com todos eles. Escrevo principalmente sobre animes e tenho a tendência de tentar encaixar Hunter x Hunter ou One Piece em qualquer conversa.