Quantas pessoas o Assassino BTK matou?

Dennis Lynn Rader, conhecido pelo macabro apelido “BTK”, sigla para Bind, Torture, Kill (Amarrar, Torturar, Matar), foi responsável por uma série de assassinatos brutais que aterrorizou Wichita, no Kansas, entre 1974 e 1991. Por quase duas décadas, o assassino manteve uma vida dupla: funcionário público exemplar, líder comunitário e pai de família durante o dia, e predador metódico durante a noite.

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A família Otero

Quantas pessoas o Assassino BTK matou?

O primeiro crime de Rader aconteceu em 15 de janeiro de 1974, quando ele invadiu a casa da família Otero. Naquele dia, Joseph Otero (38), sua esposa Julie (33) e os filhos Joey (9) e Josephine (11) foram mortos de forma brutal. Rader amarrou as vítimas e as estrangulou uma a uma, deixando para trás uma cena de horror descoberta pelos filhos mais velhos, que estavam na escola.

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Mais tarde, ele confessou ter espionado a família por semanas antes do crime e detalhou friamente cada passo da execução. O assassinato dos Otero marcou o início de um padrão que se repetiria em suas futuras vítimas: vigilância, invasão planejada, tortura e morte por asfixia.

Kathryn Bright: a segunda vítima

Meses depois, em 4 de abril de 1974, Rader atacou Kathryn Bright, de 21 anos, a quem chamava de “Projeto Apagar as Luzes”. Ele invadiu sua casa e surpreendeu a jovem e o irmão dela, Kevin, que estava de visita. Kevin foi baleado, mas sobreviveu. Kathryn, porém, não teve a mesma sorte. Após uma luta violenta, Rader a esfaqueou várias vezes, fugindo logo em seguida. A jovem morreu no hospital.

Novas vítimas

Durante os anos seguintes, Rader cometeu uma série de assassinatos com um padrão cada vez mais refinado e perverso. Em 1977, matou Shirley Vian, mãe de três filhos, depois de invadir sua casa e trancar as crianças no banheiro. No mesmo ano, assassinou Nancy Jo Fox, de 25 anos, após invadir sua residência e torturá-la antes de matá-la por estrangulamento.

Em 1985, escolheu como alvo uma vizinha, Marine Hedge, de 53 anos. Rader a sequestrou, levou seu corpo até a igreja onde era voluntário e posou o cadáver para fotografias. Um crime que chocou até mesmo os investigadores pela frieza com que foi planejado e executado.

As últimas vítimas conhecidas

Em 1986, a escolhida foi Vicki Wegerle, de 28 anos. Fingindo ser um técnico de telefonia, Rader entrou em sua casa, a atacou e a matou. O caso só seria relacionado a ele quase vinte anos depois, quando testes de DNA confirmaram sua autoria.

A última vítima conhecida, Dolores Davis, de 62 anos, foi morta em 1991. Rader esperou que ela dormisse, invadiu sua casa e a estrangulou com uma meia-calça. O corpo foi deixado em uma área rural próxima, onde foi encontrado dias depois.

A confissão e a dúvida que permanece

Após ser capturado em 2005, Dennis Rader confessou o assassinato de dez pessoas. Todas as vítimas confirmadas foram identificadas: Joseph, Julie, Joey e Josephine Otero; Kathryn Bright; Shirley Vian; Nancy Jo Fox; Marine Hedge; Vicki Wegerle e Dolores Davis.
Contudo, há suspeitas de que o número real de vítimas possa ser maior. Em 2023, o New York Times informou que Rader havia se tornado o principal suspeito em dois casos antigos: o desaparecimento de uma adolescente de 16 anos em Oklahoma, em 1976, e o assassinato de uma mulher de 22 anos em 1990, no Missouri. Até o momento, nenhuma nova acusação formal foi apresentada.

Um legado de horror

Conheça a história real por trás de Meu Pai, o Assassino BTK

Dennis Rader foi condenado a dez penas de prisão perpétua consecutivas e cumpre sua sentença no presídio de segurança máxima de El Dorado, no Kansas. Hoje, aos 80 anos, ele segue sob investigação por possíveis novos crimes.

Mesmo atrás das grades, o BTK continua a intrigar criminólogos e investigadores por sua capacidade de alternar entre o papel de cidadão comum e o de assassino meticuloso. O documentário Meu Pai, o Assassino BTK, da Netflix, retoma essa história, mostrando não apenas os detalhes dos crimes, mas também o impacto devastador que suas ações deixaram sobre sua própria família e sobre a cidade que um dia acreditou conhecê-lo.

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João Victor Albuquerque
João Victor Albuquerque
Apaixonado por joguinhos, filmes, animes e séries, mas sempre atrasado com todos eles. Escrevo principalmente sobre animes e tenho a tendência de tentar encaixar Hunter x Hunter ou One Piece em qualquer conversa.