O caso central do documentário da Netflix Caso arquivado: Os assassinatos do Tylenol é um dos crimes não resolvidos mais intrigantes da história dos Estados Unidos. A série investiga os assassinatos que ocorreram em Chicago, em 1982, após cápsulas de Tylenol terem sido contaminadas com cianeto. O envenenamento resultou na morte de sete pessoas, com idades entre 12 e 35 anos, em um período de apenas 24 horas. Mesmo com extensas investigações e comoções nacionais, até hoje ninguém foi responsabilizado pelos crimes.
As mortes que chocaram Chicago
As mortes começaram em 29 de setembro de 1982, quando Adam Janus, de 27 anos, colapsou em sua casa após tomar Tylenol para aliviar sintomas de resfriado. Horas depois, seu irmão Stanley e a cunhada Theresa também morreram após ingerirem o mesmo medicamento. O fato de três membros da mesma família morrerem em sequência levou autoridades a investigarem a possibilidade de envenenamento.
Em poucas horas, mais quatro mortes com características semelhantes foram confirmadas em diferentes partes de Chicago. A vítima mais jovem foi Mary Kellerman, de apenas 12 anos, que morreu após tomar um comprimido para dor de garganta. As outras vítimas foram Mary McFarland, Paula Prince e Mary Lynn Reiner, esta última falecida apenas uma semana após dar à luz. No documentário, familiares descrevem os momentos finais das vítimas com detalhes emocionantes e marcantes.
A descoberta do cianeto e as consequências imediatas
Foi a enfermeira de saúde pública Helen Jensen quem primeiro identificou o possível envenenamento, ao examinar o conteúdo da casa da família Janus. Um frasco de Tylenol com seis cápsulas faltando chamou atenção, especialmente por seu odor incomum. A análise feita pelo toxicologista Michael Schaeffer revelou que os comprimidos continham cianeto em doses letais.
Diante da gravidade da situação, em 5 de outubro de 1982, todos os produtos Tylenol foram recolhidos das prateleiras nos Estados Unidos. A tragédia forçou a Johnson & Johnson a rever seus protocolos de segurança, resultando na criação de embalagens invioláveis e em leis federais contra adulteração de medicamentos.
Nenhum culpado, mesmo após décadas de investigação
Apesar de inúmeras investigações e de uma recompensa de 100 mil dólares oferecida pela Johnson & Johnson, o responsável pelos envenenamentos jamais foi identificado. O principal suspeito, James William Lewis, chegou a ser condenado por tentativa de extorsão relacionada ao caso e cumpriu 10 anos de prisão. Ele negou envolvimento nas mortes até sua morte, em 2023. Testes de DNA realizados em 2010 também não conseguiram ligá-lo diretamente aos crimes.
Outros suspeitos foram investigados ao longo dos anos, mas a autoria dos assassinatos permanece um mistério. A docussérie da Netflix oferece uma análise detalhada do caso, incluindo entrevistas com investigadores, parentes das vítimas e o próprio Lewis.
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