A segunda temporada de The Last of Us chegou ao fim com um desfecho poderoso e carregado de tensão, mas, como é típico da série, não sem deixar uma trilha de perguntas. Entre os grandes dilemas envolvendo os destinos de Ellie e Abby, um detalhe menor, porém curioso, chamou atenção dos fãs mais atentos: o livro que Abby está lendo na última cena do episódio final.
- Siga o Critical Hits e não perca mais um post: Google News, Twitter, Bluesky, Instagram, Youtube
Abby e o livro no fim da temporada
Abby, interpretada por Kaitlyn Dever, aparece em um momento de respiro após dias intensos, deitada em um sofá dentro da base da WLF. Em sua barriga repousa um livro aberto, cuja capa revela o título Thieves of the City, assinado por Ben Davidoff. O livro, no entanto, não existe na vida real. Trata-se de uma criação fictícia inserida propositalmente na série.
Apesar disso, o título remete diretamente a um romance publicado em 2008 chamado City of Thieves, de David Benioff, mais conhecido como um dos criadores da série Game of Thrones. A semelhança entre os nomes não é coincidência, mas sim uma referência clara e intencional ao universo que inspirou os criadores do jogo e da série.
A influência de City of Thieves em The Last of Us
O próprio Neil Druckmann, criador de The Last of Us, já havia mencionado em entrevistas antigas que o romance de Benioff foi uma de suas grandes inspirações na criação da franquia. Em uma conversa com o site VentureBeat em 2013, Druckmann falou abertamente sobre o impacto que o livro teve em sua visão para o jogo.
“City of Thieves é uma ficção histórica que acompanha a jornada de dois sobreviventes em Leningrado durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto a cidade estava sitiada”, disse ele. “Eles estão em busca de comida e enfrentam canibais e outros horrores pelo caminho, mas o livro ainda consegue ser engraçado. Os protagonistas se odeiam no início, mas acabam criando um laço. Essa dinâmica foi muito bem construída.”
Esse tipo de relação — marcada pela desconfiança inicial, superação de traumas e formação de vínculos improváveis — é central em The Last of Us, seja entre Joel e Ellie ou entre Abby e Lev. A presença do livro, mesmo com um título e autor ligeiramente modificados, funciona como uma homenagem à obra que ajudou a moldar o tom emocional da série.
Um easter egg carregado de significado
Para quem jogou The Last of Us Part II, o livro não é uma novidade. Ele já havia aparecido em uma cena muito parecida, com Abby também lendo enquanto tenta se reconectar com o mundo em meio ao caos. A adaptação televisiva manteve esse detalhe, o que mostra o cuidado dos criadores da série em preservar elementos simbólicos e afetivos do jogo original.
Sobre a série
Com direção de Craig Mazin e Neil Druckmann, The Last of Us adaptada o aclamado jogo desenvolvido pela Naughty Dog. Se passando 20 anos depois que uma pandemia devastou a sociedade como conhecemos, a história acompanha a jornada do sobrevivente Joel e da jovem Ellie, interpretados respectivamente por Pedro Pascal e Bella Ramsey.
The Last of Us está disponível na HBO Max.
Confira também:
- Catherine O’Hara fala sobre sua personagem na 2ª temporada The Last of Us
- The Last of Us – Por que Marlene deixou Ellie com a FEDRA?
- The Last of Us – Atriz original de Ellie revela o que achou da atuação de Bella Ramsey
- The Last of Us – 1ª temporada da série quase teve um final diferente
- The Last of Us – Ellie realmente acreditou em Joel?
- The Last of Us – Principais diferenças entre o final da série e do jogo
