A jovem Amy Lynn Bradley, de 23 anos, desapareceu em circunstâncias misteriosas durante um cruzeiro com a família em março de 1998. O caso, que segue sem solução até hoje, volta aos holofotes com a minissérie documental Onde Está Amy Bradley, da Netflix. Composta por três episódios, a produção revisita as principais hipóteses que cercam um dos desaparecimentos mais enigmáticos da história recente.
A seguir, exploramos as teorias mais relevantes levantadas ao longo dos anos, com base em entrevistas, investigações oficiais e depoimentos apresentados na série.
Possível sequestro e tráfico humano
A teoria mais amplamente discutida afirma que Amy teria sido sequestrada a bordo do navio Rhapsody of the Seas e, posteriormente, vendida para o tráfico sexual internacional. Segundo o documentário, funcionários da embarcação demonstraram interesse incomum por Amy, o que levantou suspeitas da família desde o início.
Em 2005, os pais de Amy, Ron e Iva Bradley, receberam fotos de uma mulher que trabalhava na indústria do sexo e tinha semelhança impressionante com a filha desaparecida. A imagem foi analisada pelo FBI, que não descartou a possibilidade de ser realmente Amy (via LADbible). Ainda assim, não foi possível rastrear a origem das fotos nem identificar a mulher retratada.
Para Iva, a imagem “tirou o fôlego”, reacendendo a esperança de que a filha estivesse viva, mesmo que em uma situação alarmante (via The Tab). A hipótese do tráfico, embora nunca confirmada, ganhou força após múltiplas denúncias não verificadas de avistamentos de Amy em áreas conhecidas por turismo sexual no Caribe.
Assassinato e ocultação do corpo
Outra linha de investigação sustenta que Amy tenha sido vítima de um homicídio ainda a bordo do cruzeiro. Na madrugada do dia 23 de março, ela foi vista em uma festa com o músico Alistair Douglas, conhecido como “Yellow”, integrante da banda do navio. Ele foi interrogado pelo FBI, negou envolvimento e passou por um teste de polígrafo, aparentemente sem apresentar inconsistências (via Cosmopolitan).
Contudo, uma testemunha entrevistada no primeiro episódio da série relatou ter visto Amy e Douglas caminhando juntos por volta das 5h30 da manhã, horário próximo ao que o pai dela afirmou tê-la visto pela última vez, adormecida na varanda da cabine. Cerca de 15 minutos depois, a mesma testemunha teria visto Douglas sozinho, caminhando rapidamente, o que alimentou suspeitas de que Amy possa ter sido assassinada e jogada ao mar.
Apesar das contradições e relatos, a polícia nunca conseguiu estabelecer um vínculo direto entre Douglas e o desaparecimento.
Acidente ou suicídio
Durante as investigações iniciais, surgiu a possibilidade de que Amy tenha caído no mar ou tirado a própria vida. Ela foi vista pela última vez, segundo o pai, dormindo na varanda da cabine da família por volta das 5h30. A ausência foi notada uma hora depois, mas o anúncio oficial do desaparecimento só ocorreu às 7h50, o que atrasou significativamente a busca.
A tripulação chegou a realizar uma varredura completa no navio, mas não encontrou qualquer vestígio da jovem. Apesar disso, a família refuta veementemente essa teoria. Amy tinha medo de altura e receio quanto à viagem de navio, o que, segundo eles, torna improvável que ela tenha se aproximado das grades externas voluntariamente.
Fuga voluntária e vida em outro país
Embora menos difundida, uma teoria recente considera que Amy tenha deixado o navio por vontade própria e esteja vivendo em outro país sob identidade falsa. Ao longo dos anos, diversas pessoas relataram avistamentos da jovem em locais como Curaçao. Um ex-membro da Marinha dos EUA afirmou ter sido abordado por uma mulher com aparência semelhante a Amy em um bordel da ilha.
Os produtores do documentário também destacaram acessos repetidos ao site da família sobre o caso, com origem em Barbados, o que sugeriria que alguém com interesse direto no conteúdo estaria acompanhando as atualizações de longe.
Essa possibilidade nunca havia sido explorada a fundo até a produção da minissérie. Segundo o cocriador Ari Mark, a ideia de que Amy poderia estar viva e ter escolhido desaparecer foi considerada pela primeira vez durante o desenvolvimento do projeto (via Tudum).
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