A franquia Premonição sempre se destacou por transformar situações cotidianas em armadilhas mortais cuidadosamente orquestradas pelo destino. No quinto filme da série, lançado em 2011, a fórmula se mantém fiel, mas ganha um desfecho surpreendente ao se revelar um prólogo do primeiro longa. A seguir, revisamos detalhadamente cada uma das mortes do filme, explicando os eventos que levaram às tragédias e como o destino, incansável e impiedoso, cobra sua dívida.
O colapso da ponte North Bay
Tudo começa com a visão de Sam Lawton, que antecipa o trágico colapso de uma ponte suspensa. A sequência é marcada por uma série de mortes brutais que se desenrolam em ritmo frenético. Candice Hooper é a primeira a morrer, empalada por um mastro de barco após cair da ponte. Enquanto isso, outros personagens são esmagados por carros, cortados por chapas de metal ou queimados vivos por alcatrão escaldante. A cena explora intensamente o medo de altura, com ângulos que evidenciam a insignificância humana diante da morte iminente. A sequência funciona como um microcosmo da série: imprevisível, violenta e esteticamente impactante.
Ginástica fatal
Candice volta à cena em sua morte real após escapar da visão inicial. Durante um treino, uma sequência de pequenos acidentes se acumula até resultar em uma das mortes mais angustiantes da série. Um parafuso solto cai na trave de equilíbrio, quase sendo pisado por ela várias vezes. Quando outra ginasta se fere, derruba um recipiente de pó de magnésio, que é soprado por um ventilador diretamente no rosto de Candice, que naquele momento balançava nas barras assimétricas. Cega pela poeira, ela perde o controle e cai violentamente, fraturando a coluna de forma grotesca diante de colegas e treinadores atônitos.
Massagem letal
Isaac Palmer, funcionário desrespeitoso e arrogante, encontra seu fim em um spa. Após zombar de uma estátua de Buda e assediar funcionárias, é levado para uma sessão de acupuntura. Ali, uma série de eventos transforma a sala de massagem em um campo minado. Incenso derrubado causa um pequeno incêndio, e Isaac, tentando fugir, cai no chão com as agulhas ainda cravadas no corpo. A situação se agrava quando uma vela é empurrada por seu celular vibrando, acendendo o álcool espalhado. No momento em que acredita ter escapado das chamas, uma pesada estátua despenca de uma prateleira e esmaga sua cabeça com violência.
Cirurgia ocular catastrófica
Olivia Castle passa por uma cirurgia corretiva nos olhos que rapidamente se transforma em pesadelo. Nervosa desde o início, ela é deixada sozinha na sala enquanto o médico busca documentos. Um copo d’água derrubado provoca um curto no equipamento, aumentando a potência do laser. Imobilizada, Olivia tem um dos olhos queimado enquanto tenta, em vão, proteger-se com a mão, que também é atingida. Ao conseguir se soltar, em pânico, tropeça em um brinquedo no chão e cai pela janela, despencando vários andares até um carro estacionado. Para completar o horror, seu olho intacto salta do corpo e é esmagado por um veículo.
Acidente na fábrica
Nathan Sears presencia a morte acidental de Roy Carson durante uma discussão no trabalho. Enquanto tenta convencê-lo a sair do caminho de um gancho suspenso, Roy acredita estar sendo atacado e resiste. No tumulto, acaba sendo empurrado e cai sobre o gancho, que perfura sua cabeça. A morte, rápida e brutal, marca um ponto de virada: Nathan, ao causar o acidente, teoricamente herda os “dias não vividos” de Roy, segundo a lógica perversa da série.
Ferramenta fatal
Em uma sequência rápida e sem muitos rodeios, Dennis, colega de trabalho de Nathan, tem o rosto atravessado por uma chave inglesa arremessada por uma lixadeira de alta rotação. Sem aviso prévio ou tensão acumulada, a morte ocorre de forma súbita, servindo como lembrete de que nem todas as mortes em Premonição precisam de longas preparações para serem chocantes.
Tiro pelas costas
Peter Friedkin, consumido pelo medo da morte e obcecado pela ideia de enganar o destino, resolve matar para prolongar sua vida. Ele persegue Molly no restaurante de Sam e, quando o agente Jim Block aparece para investigar, Peter atira várias vezes pelas costas do policial. A cena destaca a degeneração moral de um homem comum diante da inevitabilidade da morte. Embora menos elaborada, a sequência é relevante por mostrar um humano agindo como instrumento da morte.
Espeto de churrasco
A sequência culmina com Sam impedindo que Peter mate Molly. Em um gesto impulsivo, ele empala Peter com um espeto de rotisserie, pondo fim à perseguição. Apesar da ambientação promissora — um restaurante cheio de elementos perigosos —, a morte de Peter se dá de forma direta e até anticlimática. Ainda assim, simboliza o fim da luta humana contra a morte, onde o livre-arbítrio parece momentaneamente prevalecer.
Explosão do voo 180
O filme reserva seu golpe final para o desfecho, quando revela que toda a história se passa antes do primeiro Premonição. Sam e Molly embarcam no icônico voo 180 para Paris, onde Alex Browning tem sua premonição e é expulso do avião. Quando a aeronave decola, Sam percebe os sinais do desastre iminente. Em segundos, o motor explode, a fuselagem se rompe e Molly é sugada para fora, sendo cortada ao meio pela asa. Sam é queimado vivo na sequência, enquanto Nathan, à distância, é esmagado pela engrenagem do avião que despenca sobre o bar onde está, encerrando de forma cíclica e cruel a narrativa.
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