O filme Premonição (2000), dirigido por James Wong, marcou o início de uma franquia de terror que inverteu a lógica clássica do gênero ao fazer da própria Morte o vilão central. Com um conceito ousado, a produção apresentou cenas de morte que se tornaram icônicas por sua criatividade, imprevisibilidade e pela forma como transformaram acidentes banais em armadilhas mortais. A seguir, relembramos todas as mortes do primeiro filme, analisando como cada uma delas reforça o tom macabro e engenhoso da narrativa.
Tod Waggner e a primeira morte da série
Tod Waggner (Chad Donella) protagoniza a primeira cena de morte do universo Premonição, e ela já estabelece o que está por vir: a Morte é meticulosa, paciente e implacável. Após sobreviver ao acidente aéreo graças à premonição de Alex, Tod acredita ter uma nova chance. No entanto, ao entrar em seu banheiro, ele se torna alvo de um encadeamento de eventos aparentemente aleatórios.
Enquanto escuta música, o rapaz é cercado por sinais sutis: a água do cano vazando lentamente, um piso escorregadio, uma porta que se fecha misteriosamente. Após uma série de possíveis armadilhas – como uma lâmina de barbear e um rádio com fio solto – ele escorrega e é enforcado pelo varal de roupas da banheira. A cena, além de angustiante, é significativa por reforçar que, em Premonição, não há escapatória. A Morte, que deveria tê-lo levado na explosão do avião, apenas veio cobrar sua dívida.
Terry Chaney e o impacto inesperado
Diferente da morte anterior, o falecimento de Terry Chaney (Amanda Detmer) aposta no choque instantâneo. Em meio a uma discussão acalorada na rua, ela se afasta do grupo, irritada, e diz: “Vocês podem ficar se escondendo da morte, mas eu não vou viver com medo!” Em seguida, é atropelada brutalmente por um ônibus que surge do nada.
A cena, apesar de já ter sido reproduzida em outras produções desde então, causou um impacto significativo na época. Sua natureza súbita contrasta com as mortes mais elaboradas do filme, mostrando que, às vezes, a Morte age com rapidez e sem aviso.
Valerie Lewton e o caos absoluto
A morte de Valerie Lewton (Kristen Cloke) é, talvez, a mais elaborada do filme, um verdadeiro espetáculo de fatalidades encadeadas. A personagem, que já estava emocionalmente abalada após perder seus alunos, é vítima de uma sucessão absurda de acidentes que transformam sua casa em um campo minado.
Tudo começa com uma caneca rachada que deixa vazar vodka sobre o monitor do computador. O aparelho explode, um estilhaço corta seu pescoço e, na tentativa de se salvar, Valerie esbarra em uma trilha de vodka que pega fogo, provocando uma explosão. Ao tentar estancar o sangue, ela derruba um bloco de facas sobre si. Não satisfeita, a Morte faz com que uma cadeira caia sobre a faca em seu peito, empurrando-a ainda mais fundo. Por fim, o fogão explode e a casa toda vai pelos ares. A morte de Valerie é quase cômica de tão extrema, uma verdadeira orquestra de destruição.
Billy Hitchcock e a guilhotina improvisada
Billy Hitchcock (Seann William Scott) encontra seu fim em uma das mortes mais surpreendentes do filme. Após uma discussão tensa com Alex e Carter perto de uma linha férrea, um pedaço de metal é lançado por baixo do trem em alta velocidade. O projétil atinge Billy com precisão, decapitando-o instantaneamente.
O momento é eficaz por brincar com a expectativa: tudo indicava que Carter seria a vítima, especialmente depois de quase ser atropelado por um trem. No entanto, a Morte muda de alvo em um piscar de olhos, reforçando sua natureza imprevisível e inevitável.
A explosão do avião: o início de tudo
A tragédia que inicia toda a narrativa de Premonição é o acidente aéreo previsto por Alex Browning (Devon Sawa). Antes de embarcar, o jovem tem uma visão intensa do avião explodindo em pleno voo, o que o leva a ser expulso da aeronave junto com alguns colegas. Minutos depois, o avião realmente explode, matando todos os que permaneceram a bordo.
Apesar de não ser graficamente explícita, essa sequência é eficaz por trabalhar o medo universal de voar. A sugestão de que algo está errado é construída de forma sutil, tornando o momento da explosão ainda mais impactante. Mais do que o início da história, é a apresentação de um inimigo invisível e implacável: a própria Morte.
Um final aberto e sombrio
Seis meses se passam e os três sobreviventes, Alex, Clear e Carter, estão em Paris tentando aproveitar a vida após o trauma. Durante uma conversa em uma praça, Alex percebe novos sinais de que a Morte ainda está presente. Um ônibus quase o atinge, mas ele se salva. Em seguida, uma placa de neon é arremessada na direção dele, sendo salvo por Carter no último instante. Alex, ainda convencido de que a Morte já o havia poupado, se engana novamente. A placa retorna e, antes que o público veja o desfecho, a tela escurece ao som de um estrondo.
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