Victoria Ratliff rejeita veementemente a ideia de sua filha, Piper, permanecer na Tailândia ao fim da viagem familiar na terceira temporada de The White Lotus. Desde sua introdução na série, a família Ratliff tem demonstrado sinais de disfunção, vivendo sob uma ilusão de perfeição e normalidade. Piper, considerada a “ovelha negra” da família, tem uma visão mais realista sobre sua situação e deseja se libertar desse padrão sem, no entanto, magoar seus pais.
No quinto episódio da temporada, Piper revela a verdade sobre sua viagem: longe de ser apenas uma pesquisa para sua tese, sua intenção é permanecer na Tailândia e viver em um santuário budista por um ano. A revelação choca os pais, especialmente Victoria, que acredita que a filha deve seguir um caminho “normal” e americanizado, o que contrasta diretamente com a busca espiritual de Piper.
A Resistência de Victoria aos Valores de Piper
Criada em uma realidade de conforto e privilégio na Carolina do Norte, Victoria Ratliff se apega a um conjunto específico de valores e expectativas. Apesar de passar grande parte da temporada sob efeito de medicamentos para ansiedade, como Lorazepam, ela ainda tenta controlar o futuro da filha. Para Victoria, o que é “melhor” para Piper é permanecer perto da família, seguir uma educação de elite e se estabelecer em uma comunidade privilegiada.
A falta de compreensão de Victoria sobre o desejo da filha de morar na Tailândia é evidente, chegando ao ponto de cometer o erro de acreditar que o país faz parte da China. Enquanto Timothy, o pai de Piper, demonstra alguma abertura para a ideia, Victoria se opõe radicalmente. Sua maior preocupação é que Piper está rejeitando o padrão de vida que foi cuidadosamente planejado para ela: uma educação em universidades prestigiadas como Duke ou Carolina do Norte e um futuro cercado de conforto.
Para Victoria, ver a filha abrir mão de sua posição privilegiada para viver entre monges é inconcebível. Durante a temporada, ela reforça para os filhos o quanto são afortunados por serem jovens, bonitos e ricos. Nesse contexto, a decisão de Piper é vista como um desperdício e um desafio às expectativas sociais que Victoria valoriza.
A Preocupação com a Opinião Pública
Além do choque pessoal, a oposição de Victoria à decisão de Piper é também impulsionada por uma preocupação mais superficial: o que os outros vão pensar. Os Ratliff fazem parte de um seleto círculo social, onde a opinião de outros membros do clube exclusivo que frequentam é de extrema importância. Para Victoria, permitir que Piper permaneça na Tailândia seria um escândalo, um sinal de fracasso na criação da filha e um risco à sua reputação.
A possibilidade de serem alvo de fofocas e julgamento assombra Victoria, que teme ser ostracizada caso a filha escolha um caminho fora dos padrões estabelecidos. Enquanto isso, a família ainda não descobriu os problemas financeiros que Timothy enfrenta com lavagem de dinheiro, tornando a decisão de Piper a maior preocupação do momento.
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