A segunda temporada de Sandman, série da Netflix inspirada nos quadrinhos de Neil Gaiman, volta a explorar as complexidades do universo dos sonhos com o foco centrado mais uma vez em Sonho, interpretado por Tom Sturridge. Em meio a dilemas pessoais e missões de grande escala, a temporada insere pistas sutis que apontam para mitologias profundas, mesmo quando certas conexões precisam ser tratadas com cuidado devido a questões de direitos autorais.
O retorno silencioso de Lyta Hall e sua importância
Lyta Hall, interpretada por Razane Jammal, faz uma rápida aparição no primeiro episódio da nova temporada. Embora sua presença seja breve, a escolha do roteiro em chamá-la por seu nome completo, Hippolyta, carrega um simbolismo relevante. Para quem acompanha apenas a série, essa informação pode parecer apenas um detalhe. No entanto, ela abre margem para associações com a mitologia grega e a origem da personagem nos quadrinhos.
Na primeira temporada, Lyta era uma viúva recente ajudando Rose Walker, sua amiga e protagonista do arco, na busca pelo irmão desaparecido. Durante a jornada, Lyta acabou grávida de seu falecido marido após sonhar com ele, um fenômeno causado pela influência de Rose como vórtice dos sonhos. O nascimento dessa criança acabou gerando um alerta para Sonho, que declarou que o bebê pertencia ao Sonhar, já que foi concebido naquele reino.
Agora, na segunda temporada, Sonho visita Lyta e o bebê antes de sua viagem ao Inferno, indicando que talvez esteja tomando precauções caso não consiga voltar. A cena, apesar de rápida, reforça a gravidade da situação e reacende o mistério em torno do futuro da criança.
O significado oculto por trás do nome Hippolyta
Quando Sonho chama Lyta de Hippolyta pela primeira vez na série, o espectador mais atento pode ter captado uma referência importante. Nos quadrinhos da DC, dos quais Sandman originalmente faz parte, Lyta Hall é filha de Diana Prince (a Mulher-Maravilha) com Steve Trevor. Seu nome, portanto, é uma homenagem direta à rainha das amazonas da mitologia grega, também chamada Hippolyta.
Apesar da série da Netflix optar por se afastar do universo expandido da DC e não explorar abertamente essas conexões, a referência mitológica permanece. É como se o nome continuasse carregando significado, mesmo sem a ligação direta com a heroína amazona. Dentro da lógica narrativa da série, é possível imaginar que os pais de Lyta simplesmente gostavam do nome, mas o roteiro trata de manter viva a conexão com o legado da mitologia clássica.
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