Serena Joy finalmente cruzou uma linha da qual não há retorno. No nono episódio da sexta temporada de The Handmaid’s Tale, a personagem rompe de vez com o regime de Gilead ao entregar informações cruciais sobre os comandantes, incluindo seu próprio marido. Essa traição marca não apenas um ponto de virada para Serena, mas também um dos momentos mais impactantes da reta final da série.
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Serena entre o amor e a lealdade
Serena Joy sempre foi uma figura ambígua. Por muito tempo, ela permaneceu fiel aos princípios de Gilead, mesmo diante das contradições do regime que ela própria ajudou a fundar. Contudo, nas últimas temporadas, começamos a ver rachaduras em sua convicção. O projeto New Bethlehem, por exemplo, mostrava que ela buscava alguma forma de reforma dentro do sistema, tentando equilibrar valores pessoais com sobrevivência política.
Mas tudo muda quando Serena é detida pelas forças dos Estados Unidos e levada à igreja onde permanece presa. Com o objetivo de obter informações sobre os comandantes restantes, as autoridades permitem que June Osborne tente persuadi-la. A conversa entre as duas mulheres é tensa, carregada de passado, ressentimentos e esperanças frustradas.
A conversa que virou o jogo
A chave para a decisão de Serena foi sua relação com o novo marido, o Comandante Wharton. O casamento, que parecia uma oportunidade de retomada de poder e influência, logo revelou a verdadeira natureza do parceiro. Na noite de núpcias, Serena descobre que Wharton mantinha uma aia em casa, revelando que o ciclo de abuso continuava — e que ela, mais uma vez, era apenas uma peça em um sistema que desprezava as mulheres, mesmo as privilegiadas.
Durante o diálogo, June não tenta convencê-la com política ou ideologia. Ela vai direto ao ponto: questiona se Wharton é o tipo de homem com quem Serena deseja criar o pequeno Noah. Ao colocar o bem-estar do filho no centro da conversa, June atinge o ponto fraco de Serena, que sempre demonstrou um amor profundo e protetor pelo menino.
É nesse momento que a decisão é tomada. Serena revela o paradeiro dos comandantes, condenando seu marido e os demais à morte. Mais do que um ato de traição, foi um gesto de libertação.
Uma decisão definitiva contra Gilead
A relevância da escolha de Serena vai além da eliminação de alguns líderes. Trata-se de sua primeira atitude efetivamente contrária ao regime de Gilead, sem meias medidas ou tentativas de agradar os dois lados. Pela primeira vez, ela toma uma decisão que desafia a estrutura de poder que ajudou a construir.
Até então, Serena havia oscilado entre ser cúmplice e vítima do sistema. Agora, ela assume um novo papel, ainda indefinido, mas claramente contrário à teocracia. Ao colocar o bem de Noah acima da estabilidade que seu casamento com um Alto Comandante oferecia, Serena mostra que está pronta para uma ruptura mais profunda.
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The Handmaid’s Tale se passa em uma sociedade distópica chamada Gilead, onde um regime teocrático toma o controle dos Estados Unidos. Neste sistema opressor, as mulheres são privadas de seus direitos, e aquelas que ainda podem conceber são forçadas a se tornarem Aias, servindo as famílias da elite com o propósito de gerar filhos. A trama acompanha June Osborne, uma dessas Aias, enquanto ela luta para sobreviver e manter a esperança de reencontrar sua filha, separada dela ao ser capturada pelo regime.
Ao longo da série, June busca aliados dentro e fora de Gilead para resistir e expor as atrocidades cometidas pelo regime. Entre abusos e traições, ela desenvolve uma relação complexa com Serena Joy e Nick Blaine, personagens que desafiam o sistema de diferentes formas. The Handmaid’s Tale oferece um retrato poderoso de sobrevivência, esperança e resistência em meio à brutalidade, explorando questões de liberdade, identidade e poder em uma sociedade que corrompeu a moralidade em nome da ordem.
Você pode assistir a The Handmaid’s Tale (O Conto da Aia) no Disney Plus ou no Paramount Plus.
