A série Reacher, da Amazon Prime Video, rapidamente se tornou um sucesso ao conquistar os fãs com a interpretação de Alan Ritchson no papel de Jack Reacher. Baseada nos livros de Lee Child, a produção já acumula três temporadas e segue uma abordagem não linear em relação às adaptações literárias. Apesar da liberdade criativa em certos aspectos, uma ausência continua a intrigar os espectadores desde o fim da primeira temporada: Roscoe Conklin, interpretada por Willa Fitzgerald.
Roscoe brilhou na primeira temporada, mas não voltou
Roscoe Conklin, policial da pequena cidade de Margrave, foi uma das figuras centrais na primeira temporada de Reacher, inspirada no livro Killing Floor. Sua coragem, ética firme e química imediata com Reacher a transformaram em uma favorita do público. Durante a investigação de uma rede de falsificação e o assassinato do irmão de Reacher, ela se destacou como uma aliada leal e determinada. A relação entre os dois, ainda que marcada por respeito mútuo e uma conexão emocional intensa, terminou junto com a temporada.
Quando Reacher resolveu os mistérios de Margrave, incluindo a morte de seu irmão, ele partiu como sempre faz. Embora tenha deixado para trás uma conexão significativa com Roscoe, a decisão de seguir em frente está alinhada com a natureza nômade do personagem. Essa despedida representou não apenas o fim de uma parceria, mas também a fidelidade da série ao espírito solitário que define Reacher.
A ausência de Roscoe tem base na obra original de Lee Child
Desde o início, Lee Child estabeleceu Reacher como um personagem que vive às margens da sociedade, evitando vínculos e apegos emocionais. Cada livro da série introduz um novo cenário e um novo elenco de personagens, o que impede o retorno de figuras marcantes de aventuras passadas. Embora Reacher possa tomar algumas liberdades criativas na adaptação, essa estrutura permanece essencial.
Personagens femininas como Roscoe são escritas como fortes, independentes e plenamente conscientes de que Reacher nunca será um parceiro fixo. Isso vale também para Neagley, Duffy e Dixon, que ganharam destaque nas temporadas seguintes. A presença contínua de Roscoe poderia prejudicar a introdução de novas figuras femininas igualmente complexas e fundamentais para o desenrolar das novas tramas.
A decisão de não trazer Roscoe de volta reforça a autenticidade da série
Mesmo com o carinho do público por Roscoe, seu retorno poderia comprometer a coerência narrativa. A série preza pela ideia de que cada história é autônoma, com seus próprios conflitos, personagens e desfechos. Reintroduzir Roscoe de forma forçada arriscaria diminuir o impacto de novas protagonistas, além de enfraquecer a essência solitária de Reacher.
Na própria série, o reencontro entre Reacher e Finlay na segunda temporada foi cuidadosamente construído como uma exceção. A volta de Roscoe exigiria justificativas narrativas robustas, algo que até agora os roteiristas optaram por não fazer. A personagem, como tantas outras no universo de Lee Child, teve seu arco encerrado com dignidade e propósito.
Roscoe sabia com quem estava lidando
O gesto simbólico de Roscoe ao entregar seu número de telefone escrito em uma barra de chocolate a Reacher pode ter dado aos fãs um fio de esperança. No entanto, ela compreendia melhor que ninguém o tipo de homem que Reacher era. Sua ausência nas temporadas seguintes não é apenas uma escolha de roteiro, mas também uma decisão coerente com o que se espera de uma mulher forte e ciente do próprio valor.
Roscoe não era o tipo de personagem que esperaria por alguém que não pretende parar. Sua independência, sua trajetória pessoal e sua capacidade de superar o trauma a colocam entre as figuras femininas mais marcantes da série, mesmo com uma única temporada.
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