Once Upon a Time in Wonderland surgiu como um spinoff de Once Upon a Time, série de fantasia da ABC que misturava contos clássicos em um universo compartilhado. A nova produção, lançada em 2013, buscava explorar o mundo de Alice no País das Maravilhas sob uma perspectiva romântica e mágica. A protagonista, interpretada por Sophie Lowe, embarcava em uma jornada para reencontrar seu amor perdido, o gênio Cyrus, enquanto enfrentava inimigos como Jafar e a Rainha Vermelha.
Com um elenco talentoso e efeitos visuais que tentavam recriar a atmosfera surreal da obra de Lewis Carroll, a expectativa era que a série replicasse o sucesso da produção original. No entanto, mesmo com uma proposta interessante, Once Upon a Time in Wonderland teve sua jornada encerrada após apenas uma temporada.
Horário e concorrência desfavoráveis
Um dos fatores que prejudicaram a série foi o seu horário de exibição. Ao contrário de Once Upon a Time, que ia ao ar aos domingos e atraía um público famíliar, Wonderland foi colocado nas noites de quinta-feira às 20h, competindo com produções estabelecidas como The Big Bang Theory e The Vampire Diaries. Essa decisão fez com que a audiência fosse limitada desde o início, dificultando a formação de uma base de fãs fiel.
Além disso, a falta de uma conexão direta com a narrativa da série original dificultou a adesão do público. Enquanto Once Upon a Time construía suas histórias ao longo de várias temporadas, Wonderland surgiu como uma trama independente, o que pode ter afastado espectadores que esperavam um desenvolvimento similar.
Falta de envolvimento do público
Outro obstáculo enfrentado pela série foi a dificuldade em conquistar a audiência. Embora a história de Alice e Cyrus tivesse potencial, muitos espectadores consideraram que o romance central não era tão envolvente quanto outros casais da franquia, como Branca de Neve e Príncipe Encantado ou Emma e Gancho. Além disso, personagens coadjuvantes, como o Valete de Copas, interpretado por Michael Socha, receberam elogios, mas não tiveram tempo suficiente para serem plenamente desenvolvidos.
A série também sofreu com a pressa em contar sua história. Com apenas 13 episódios, o ritmo acelerado resultou em um desenvolvimento superficial dos personagens e dos vilões. Jafar e a Rainha Vermelha, apesar de possuírem motivações interessantes, não tiveram espaço para aprofundamento, comprometendo o impacto dramático da narrativa.
Problemas técnicos e visuais
Outro aspecto que contribuiu para a recepção morna foi o uso excessivo de CGI. Enquanto Once Upon a Time conseguia equilibrar cenários reais com efeitos visuais, Wonderland se apoiou fortemente em animações computadorizadas para recriar o universo fantasioso. O resultado foi um ambiente visualmente artificial que não convenceu parte do público, tornando a experiência menos imersiva.
O impacto do cancelamento
Com uma audiência em queda constante desde a estreia, Once Upon a Time in Wonderland encerrou sua única temporada com cerca de 3 milhões de espectadores, um número considerado insuficiente para a ABC manter a produção. No fim, o spinoff não conseguiu repetir o sucesso da série original, sendo lembrado como um experimento que não encontrou seu público no momento certo.
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