Lindon, um dos reinos Élficos mais importantes da Segunda Era, tem grande destaque em Os Anéis de Poder, mas não aparece em O Senhor dos Anéis até o final da trilogia. Essa ausência pode gerar questionamentos entre os espectadores e leitores menos familiarizados com a história da Terra-média. No entanto, a explicação está diretamente ligada aos eventos trágicos da Segunda Era, particularmente a ascensão de Sauron e as guerras que ocorreram antes dos acontecimentos da trilogia principal.
A fundação de Lindon e seu papel na Segunda Era
Nos livros de J.R.R. Tolkien, Lindon foi fundado no início da Segunda Era por Gil-galad, o Alto Rei dos Elfos. O reino se estabeleceu como um dos principais refúgios Élficos na Terra-média após a queda de Beleriand, e Gil-galad governou Lindon durante grande parte da Segunda Era. A série Os Anéis de Poder retrata Lindon como um centro político e cultural dos Elfos, com cenas cruciais acontecendo no reino, onde Gil-galad, Elrond e outros líderes discutem o futuro de seu povo.
Durante Os Anéis de Poder, Lindon aparece como uma das últimas grandes fortalezas dos Elfos na Terra-média, ainda próspera, mas preocupada com a crescente ameaça de Sauron. Além de Lindon, outro reino importante da época é Eregion, onde o mestre ferreiro Celebrimbor reside. Eregion também tem grande relevância na série, já que é o local onde os Anéis de Poder são forjados.
Por que Lindon não aparece em O Senhor dos Anéis?
A ausência de Lindon em O Senhor dos Anéis está diretamente ligada aos eventos devastadores que ocorrem durante a Segunda Era e à transição para a Terceira Era. Embora Lindon ainda exista na época de Frodo, ele já não é tão influente ou populoso quanto nos dias de Gil-galad. Vários fatores explicam esse declínio, sendo o mais notável a morte de Gil-galad na guerra contra Sauron.
Durante a Guerra da Última Aliança, que marca o fim da Segunda Era, Gil-galad é morto em combate contra Sauron. Sua morte deixa os Elfos sem um Alto Rei, enfraquecendo politicamente Lindon. Após a guerra, Círdan, o armador responsável pelos Portos Cinzentos, assume a liderança em Lindon, mas o reino nunca recupera a mesma relevância que teve sob o comando de Gil-galad.
A diminuição da população Élfica e a migração para as Terras Imortais
Outro fator que contribui para o declínio de Lindon é a migração de grande parte da população Élfica para as Terras Imortais, também conhecidas como Valinor. Após a queda de Sauron e o fim da guerra, muitos Elfos decidem deixar a Terra-média, o que reduz drasticamente a população e a influência de Lindon. Esse êxodo contínuo é algo presente ao longo de O Senhor dos Anéis, com vários Elfos optando por fazer a jornada final para o Oeste.
Embora ainda existam Elfos que permanecem na Terra-média durante a Terceira Era, muitos deles se estabelecem em outros lugares. É o caso de Elrond, que se torna o líder de Rivendell, e de Galadriel, que se torna a Senhora de Lothlórien. Esses dois reinos substituem Lindon e Eregion como os principais refúgios Élficos na Terra-média, explicando por que essas regiões são as mais proeminentes em O Senhor dos Anéis.
A destruição parcial de Lindon e a queda de Númenor
Além da morte de Gil-galad e da migração dos Elfos, outro evento que contribui para a ausência de Lindon em O Senhor dos Anéis é a destruição parcial do reino. Embora Lindon não tenha sido completamente devastado como Eregion, ele sofreu durante os conflitos da Segunda Era, particularmente com a queda de Númenor e os ataques de Sauron.
Eregion, ao contrário de Lindon, foi completamente destruída pelas forças de Sauron, o que forçou seus sobreviventes a migrarem para outros locais, como Rivendell. Lindon conseguiu sobreviver, mas com uma população muito reduzida e uma influência política menor do que antes. Com isso, reinos como Rivendell e Lothlórien se tornam os principais pontos de poder dos Elfos.
O papel de Lindon no final de O Senhor dos Anéis
Embora Lindon não apareça com destaque durante a maior parte de O Senhor dos Anéis, ele é mencionado de forma implícita no final da trilogia. Os Portos Cinzentos, que fazem parte de Lindon, são o local de partida dos Elfos para Valinor, e é ali que Frodo, Gandalf e outros personagens se despedem da Terra-média. Essa cena em O Retorno do Rei marca o final de uma era e simboliza o fim da presença dos Elfos na Terra-média, encerrando a longa história de Lindon como um dos últimos refúgios Élficos.
Portanto, enquanto Lindon desempenha um papel vital na Segunda Era e em Os Anéis de Poder, sua importância diminui gradualmente até a Terceira Era, quando reinos como Rivendell e Lothlórien assumem o protagonismo na proteção e condução dos Elfos restantes.
Se passando milhares de anos antes dos eventos de O Hobbit e O Senhor dos Anéis, a série ocorre durante o período conhecido como a Segunda Era da Terra Média, mostrando a ascensão de Sauron ao poder e a criação dos Anéis do Poder. A produção foi criada por J. D. Payne e Patrick McKay com base na obra de J. R. R. Tolkien.
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