A ausência de Jyn Erso na segunda temporada de Andor chamou a atenção dos fãs mais atentos do universo Star Wars. Apesar da série se passar exatamente nos anos que antecedem os eventos de Rogue One, a personagem vivida por Felicity Jones não foi incluída no enredo final. O motivo? Uma escolha consciente e estratégica do criador da série, Tony Gilroy, que explicou em detalhes os bastidores dessa decisão.
Tony Gilroy considerou a participação, mas optou por não incluí-la
Tony Gilroy, que também atuou como roteirista em Rogue One, revelou em entrevista à Backstory Magazine que chegou a cogitar trazer Jyn Erso para a narrativa de Andor. Ele destacou o talento de Felicity Jones e reconheceu o carinho do público pela personagem, o que aumentava a pressão para sua inclusão.
Segundo Gilroy, a ideia foi analisada cuidadosamente durante a fase de desenvolvimento da segunda temporada. No entanto, a dificuldade estava em encontrar uma maneira de inserir Jyn sem comprometer a coerência narrativa já estabelecida. O showrunner afirmou que não havia como incluí-la de forma orgânica sem “virar a história de cabeça para baixo”.
Incompatibilidades com a cronologia e o cânone da saga
Um dos principais obstáculos para a aparição de Jyn Erso em Andor estava na linha do tempo e nas informações já estabelecidas no universo de Star Wars. De acordo com Rogue One, Jyn não via Saw Gerrera, seu antigo mentor, desde que era adolescente. Como Saw é uma peça central em Andor, qualquer reencontro entre os dois seria conflitante com esse dado canônico.
Além disso, a trama de Andor se concentra em Cassian, que só conhece Jyn no início de Rogue One. Incluir qualquer interação prévia entre eles contrariaria o roteiro do filme e enfraqueceria a força da conexão que ambos constroem ao longo da missão em Scarif.
História de Jyn já foi explorada em outras mídias
Outro fator importante para a exclusão de Jyn em Andor é o fato de que parte considerável de sua trajetória anterior aos eventos de Rogue One já foi contada no romance Rebel Rising, de Beth Revis. A obra detalha os anos em que Jyn viveu sob a proteção de Saw Gerrera e como ela se distanciou da Aliança Rebelde após uma série de traumas e desilusões.
Para Gilroy, revisitar esses eventos na série não agregaria tanto à narrativa quanto explorar novas camadas da rebelião através dos olhos de outros personagens. A prioridade era manter a coesão e a autenticidade dos acontecimentos que levariam, de forma natural, até os momentos iniciais de Rogue One.
Fidelidade à proposta da série foi decisiva
A decisão de não incluir Jyn Erso reforça a seriedade com que Andor tratou a construção de seu universo. Mesmo diante da possibilidade de explorar uma figura tão querida pelo público, Gilroy optou por respeitar a integridade da história que já havia sido contada. Ele destacou que, embora adorasse trabalhar novamente com Felicity Jones, não fazia sentido incluir a personagem apenas para agradar os fãs.
Ao preservar o foco em Cassian Andor e nas engrenagens que levaram à formação definitiva da Rebelião, a série manteve sua proposta original: aprofundar o lado político, humano e sombrio do conflito galáctico, sem recorrer a atalhos ou fan services desconectados da narrativa principal.
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