A atriz Greta Lee encerrou oficialmente sua participação em The Morning Show, drama da Apple TV+ no qual interpretava Stella Bak desde a segunda temporada. A personagem, apresentada como uma executiva ambiciosa e visionária dentro do canal fictício UBN, teve sua jornada concluída na quarta temporada, em um episódio que marcou tanto o fim de sua trajetória na história quanto a saída definitiva de Lee da produção.
Em entrevista ao The Hollywood Reporter, a atriz confirmou que sua passagem pela série chegou ao fim. “Este é o fim da estrada para ela, e eu sinto muitas coisas”, afirmou. “Estivemos com esses personagens por tanto tempo, é surreal. Eu sabia há algum tempo que seria a despedida dela.”
O motivo da saída: conflitos de agenda e novos projetos
A decisão de deixar The Morning Show foi motivada por conflitos de agenda. Segundo Lee contou ao The Hollywood Reporter, as demandas de gravação se tornaram incompatíveis com outros compromissos já assumidos. “Chegou a um ponto em que simplesmente não era possível. Tentamos de várias maneiras, mas ficou cada vez mais difícil estar presente e continuar dedicando meu tempo e energia à série”, explicou.
Durante o mesmo período, a atriz estava envolvida nas filmagens de Tron: Ares, Late Fame e A House of Dynamite, dirigido por Kathryn Bigelow, o que limitou sua disponibilidade. “Eu adoraria poder me dividir em várias pessoas e continuar fazendo tudo, mas isso seria fisicamente impossível”, brincou.
Lee também descreveu a produção como uma família e relembrou o impacto que o trabalho teve em sua vida pessoal. Ela se mudou de Nova York para Los Angeles por causa da série e viveu importantes transformações durante as gravações, incluindo a maternidade.
O fim de Stella Bak dentro da narrativa
A quarta temporada de The Morning Show apresentou o desfecho da trajetória de Stella Bak. Sua personagem, CEO do canal UBN, enfrenta uma crise de reputação após um escândalo envolvendo o uso de inteligência artificial e um romance extraconjugal com o marido da nova chefe, interpretada por Marion Cotillard.
O episódio “If Then” mostra o colapso público da empresa durante uma apresentação tecnológica, quando uma falha expõe o caso de Stella. A executiva decide renunciar e deixar a companhia, em um arco que simboliza tanto a queda quanto a libertação da personagem.
Antes de partir, Stella tenta reparar seus erros ao abrir caminho para que Mia Jordan (vivida por Karen Pittman) possa ascender na empresa, reconhecendo que havia se tornado parecida com os chefes que antes criticava. O último momento da personagem mostra-a embarcando sozinha em um voo para Nápoles, após ser abandonada por seu amante, Miles (Aaron Pierre).
Para a atriz, o encerramento era o mais coerente possível. “Sempre foi importante para mim não mostrar um final feliz apenas por conveniência”, disse Lee ao The Hollywood Reporter. “Stella sempre teve que lidar com o peso de suas ambições e com as mudanças no mundo ao seu redor. De certa forma, era o momento certo para ela seguir em frente.”
O olhar da showrunner e a crítica à tecnologia
A criadora e showrunner Charlotte Stoudt comentou, também ao The Hollywood Reporter, que o arco de Stella foi pensado como uma reflexão sobre os limites da tecnologia e a identidade pessoal em meio a ela. “Eu estava interessada em Stella como alguém que cresceu no mundo da tecnologia e a via como uma espécie de superpoder. Quis mostrar o que acontece quando essa tecnologia se torna um espelho e obriga você a se perguntar quem realmente é e se está no caminho certo”, explicou.
Stoudt descreveu a cena final, em que a personagem embarca sozinha, como essencial para o encerramento. “Ela precisava pegar aquele avião sozinha. Quando você está em uma encruzilhada, as pessoas podem te apoiar, mas não podem ir junto. Você precisa descobrir o caminho por conta própria.”
Confira também:
- Os melhores filmes da Marvel e da DC
- 10 melhores K-Dramas para iniciantes
- As melhores sagas do Batman
- As melhores sagas do Superman
- As melhores sagas da Mulher-Maravilha
- As melhores sagas do Asa Noturna
