Por que cada membro do Quarteto Fantástico possui poderes diferentes

A origem dos poderes do Quarteto Fantástico é uma das mais emblemáticas do universo Marvel. Desde sua estreia nos quadrinhos, em 1961, o grupo conquistou fãs por reunir elementos de ficção científica, drama familiar e, claro, superpoderes singulares. Embora a versão mais conhecida dos eventos envolva uma exposição acidental a raios cósmicos, novas interpretações surgiram ao longo das décadas. Entre teorias científicas, simbologias elementares e explicações místicas, uma coisa ficou clara: os poderes não foram tão aleatórios quanto pareciam.

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Reed Richards influenciou os poderes da equipe

Como os membros do Quarteto Fantástico obtiveram seus poderes nos quadrinhos?

O ponto de virada para uma nova compreensão sobre os poderes do grupo aparece em Fantastic Four #532, escrito por J. Michael Straczynski. Na história, Reed Richards, também conhecido como Senhor Fantástico, volta no tempo para reviver o momento em que ele, Sue, Johnny e Ben foram atingidos por radiação cósmica. Nessa nova perspectiva, Reed descobre que os poderes não foram concedidos de forma aleatória. Na verdade, a radiação parece ter agido como um filtro para suas percepções pessoais.

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Sue Storm, a Mulher Invisível, ganhou sua habilidade por conta de sua personalidade reservada e introvertida. Johnny, sempre impulsivo e temperamental, recebeu o poder de manipular o fogo, tornando-se o Tocha Humana. Ben Grimm, por sua vez, teve sua essência gentil encapsulada em um corpo rochoso e poderoso, refletindo a proteção e a dureza que Reed via em seu velho amigo. Já Reed, o cientista maleável em pensamento e solução de problemas, teve o corpo transformado em algo igualmente flexível.

Essa revelação sugere que, naquele momento exato, os sentimentos e julgamentos de Reed moldaram a natureza das mutações dos colegas. Caso o voo espacial tivesse acontecido em outro momento da vida do grupo, talvez os resultados fossem diferentes.

A teoria dos quatro elementos

Por que cada membro do Quarteto Fantástico possui poderes diferentes

Outro raciocínio recorrente nos quadrinhos é a associação simbólica entre os poderes do Quarteto Fantástico e os quatro elementos clássicos da natureza. Nessa leitura, Reed representaria a água, com seu corpo fluido e adaptável. Sue seria o ar, invisível e essencial, mas capaz de gerar barreiras poderosas. Johnny encarna o fogo em sua forma mais intensa. E Ben, com sua pele rochosa, simbolizaria a terra.

Essa teoria foi explorada em universos paralelos, como na realidade de Earth-1610, onde o próprio Reed propõe essa conexão. Embora o conceito nunca tenha sido canonizado oficialmente no universo principal da Marvel (Terra-616), a estrutura simbólica dos elementos reforça a singularidade de cada personagem. Além disso, pode ter influenciado inconscientemente a forma como os poderes se manifestaram, especialmente se considerarmos a mente científica e criativa de Reed como catalisadora do evento.

Uma origem mística: o arquétipo do “Quatro são Um”

Como os membros do Quarteto Fantástico obtiveram seus poderes nos quadrinhos?

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As explicações para os poderes do Quarteto não param no campo da ciência ou da simbologia. Em Defenders #4, de Al Ewing, surge uma teoria ainda mais cósmica e espiritual: a existência de uma entidade arquetípica chamada “Os Quatro São Um”. Segundo o Doutor Estranho, essa força representa uma única entidade dividida em quatro aspectos distintos. É o oposto de outra entidade conhecida, o “Um é Quatro”, ligada à origem do Hulk.

Essa perspectiva mística sugere que o Quarteto Fantástico pode ser uma manifestação física de uma força primordial do universo, com cada membro representando uma parte inseparável do todo. Essa teoria não explica diretamente por que cada um recebeu seu poder específico, mas reforça a ideia de que a formação da equipe obedece a uma ordem maior, quase cósmica, que transcende o acaso.

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João Victor Albuquerque
João Victor Albuquerque
Apaixonado por joguinhos, filmes, animes e séries, mas sempre atrasado com todos eles. Escrevo principalmente sobre animes e tenho a tendência de tentar encaixar Hunter x Hunter ou One Piece em qualquer conversa.