A atriz Ana de Armas não aparece em Yesterday, comédia romântica inspirada nas músicas dos Beatles, mas sua presença nos trailers do filme gerou muita expectativa. No entanto, ao assistir à produção completa, o público percebeu que suas cenas haviam sido completamente removidas. O que motivou essa decisão dos realizadores? A resposta está no equilíbrio da história de amor central do longa e em uma reviravolta inesperada que culminou até mesmo em um processo judicial.
A personagem de Ana de Armas interferia no romance principal
Ana de Armas deveria aparecer como uma personagem que surge na vida de Jack Malik, o protagonista vivido por Himesh Patel. Quando Jack viaja a Los Angeles em busca de sucesso, ele conhece a personagem de Ana e se sente atraído por ela, o que acabaria criando uma tensão romântica adicional à já existente entre Jack e Ellie, interpretada por Lily James.
Segundo o roteirista Richard Curtis, essa subtrama comprometeria o envolvimento emocional do público com o casal principal. Em entrevista ao site CinemaBlend, Curtis afirmou que a decisão de cortar Ana foi “traumática”, já que ela havia feito um ótimo trabalho. No entanto, ele percebeu que o público reagia negativamente ao ver Jack se distrair romanticamente com outra mulher. Muitos espectadores passaram a questionar se ele realmente merecia o amor de Ellie. Para preservar a integridade da relação central da história, Curtis optou por eliminar todas as cenas com Ana de Armas, mesmo considerando-as algumas das suas preferidas no filme.
A presença de Ana de Armas nos trailers gerou controvérsia
Mesmo com as cenas retiradas do corte final, Ana de Armas apareceu com destaque nos trailers promocionais de Yesterday. Em uma das sequências divulgadas, Jack canta para ela durante uma participação no talk show de James Corden. A estratégia de marketing se apoiou na imagem promissora da atriz, que poucos meses depois ganharia projeção mundial com sua atuação em Entre Facas e Segredos (Knives Out).
A decisão de incluir Ana de Armas nos trailers mesmo após sua exclusão do filme causou insatisfação em parte do público. Dois fãs da atriz, Peter Michael Rosza e Conor Woulfe, processaram a Universal Pictures sob a alegação de propaganda enganosa. Segundo eles, foram induzidos a assistir ao longa esperando pela participação de Ana, que nunca ocorreu. O caso foi parar nos tribunais, mas acabou sendo arquivado. O juiz Stephen Wilson considerou que o descontentamento dos autores era “autoinfligido” e que o trailer, por definição, não é um contrato com o espectador (via The Hollywood Reporter).
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