O final da segunda temporada de Pacificador deixou os fãs em choque e abriu caminho para um novo capítulo no Universo DC. Criada e dirigida por James Gunn, a série encerrou sua trama com um gancho que promete mudar completamente o futuro do DCU. No último episódio, Christopher Smith, vivido por John Cena, é levado à força para um planeta desconhecido chamado Salvação, descoberto pela ARGUS por meio da Câmara de Desdobramento Quântico. O local, inicialmente apresentado como uma alternativa segura para abrigar metahumanos perigosos, logo se revela muito mais ameaçador do que parece.
James Gunn confirmou que o planeta será um dos elementos mais importantes da nova fase do universo cinematográfico. Segundo o diretor (via The Direct), o propósito de incluir Salvação foi explorar a ideia de um “presídio inescapável”, mas também de uma sociedade em que indivíduos considerados perigosos precisam aprender a conviver e reconstruir uma comunidade em um ambiente hostil.
A vingança de Rick Flag e o destino do Pacificador
O gancho deixado no final do episódio tem origem em um ato de vingança. Rick Flag Sr., interpretado por Frank Grillo, decide enviar Pacificador para o novo planeta como punição pela morte de seu filho, Rick Flag Jr., acontecida em O Esquadrão Suicida (2021). A cena final mostra o protagonista confuso e assustado, percebendo que o ambiente ao seu redor pode abrigar criaturas perigosas. Segundo Gunn, esse isolamento de Chris Smith será um ponto-chave para as próximas produções da DC.
Além disso, a relação de Flag com Lex Luthor ganha destaque no desfecho. Ao longo dos episódios finais, o personagem se aproxima do vilão interpretado por Nicholas Hoult, que aparece brevemente no sexto capítulo. Essa aliança sugere que o cientista bilionário pode ter papel direto na exploração das dimensões paralelas e, possivelmente, na criação do próprio planeta-prisão.
As origens do Planeta Salvação nos quadrinhos
O conceito de Salvação vem diretamente das HQs da DC, mais precisamente da minissérie Salvation Run, publicada entre 2007 e 2008. Escrita por Bill Willingham e Lilah Sturges, a história acompanha uma iniciativa liderada por Amanda Waller e Rick Flag, que decidem enviar os vilões mais perigosos da Terra para um planeta distante, fora de qualquer possibilidade de fuga. A ideia era resolver o problema das prisões superlotadas e das fugas constantes de criminosos superpoderosos.
Nos quadrinhos, o planeta, conhecido também como Cygnus 4019, parecia inicialmente habitável, mas revelava-se um ambiente devastado, povoado por criaturas ligadas a Darkseid e aos Novos Deuses de Apokolips. Os vilões deportados eram forçados a sobreviver em meio a perigos constantes, e a trama culminava em uma guerra entre as facções lideradas por Lex Luthor e Coringa.
Curiosamente, a ideia original para Salvation Run foi inspirada em um conceito proposto por George R. R. Martin, autor de Game of Thrones, que sugeriu uma narrativa sobre criminosos abandonados em um mundo hostil para lutarem pela sobrevivência.
Possível ligação com Homem do Amanhã
A aparição de Lex Luthor e o tema das dimensões paralelas indicam uma forte conexão entre Pacificador e o próximo filme do Superman, Homem do Amanhã, previsto para 2027. No novo longa, Superman e Luthor deverão se ver forçados a cooperar após ficarem presos em um ambiente extremo — e o planeta Salvação pode ser exatamente esse cenário.
Durante a busca por dimensões alternativas mostrada na série, a equipe de Rick Flag descobre portais e até um buraco negro, que os fãs apontam como possível elo entre o final de Pacificador e o futuro filme. Segundo Gunn, as decisões tomadas pelos personagens, especialmente a aliança entre Flag e Luthor, terão repercussões diretas nas próximas produções do DCU.
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