O fenômeno sul-coreano Round 6 não apenas conquistou o mundo com sua violência intensa, jogos mortais e reviravoltas surpreendentes, mas também comoveu milhões com cenas profundamente emocionantes. A brutalidade do enredo é acompanhada por perdas dilacerantes, sacrifícios inesperados e despedidas de partir o coração. Ao longo das duas temporadas da série da Netflix, personagens cativantes se despedem de forma trágica, revelando o lado mais humano por trás da selvageria do jogo. A seguir, relembramos os momentos mais devastadores da produção até agora.
A morte heroica de Kim Jeong-rae
No primeiro episódio da segunda temporada, intitulado “Pão e loteria”, o Sr. Kim protagoniza um dos primeiros momentos de dor ao sacrificar sua vida para salvar o amigo Choi Woo-seok. Ambos haviam sido enviados por Gi-hun para localizar o misterioso Recrutador. Apesar das ordens para não interferirem, os dois são capturados e forçados a participar de um jogo sádico que mistura pedra-papel-tesoura com roleta-russa. Quando a situação se torna insustentável, o Sr. Kim escolhe morrer para proteger Woo-seok, destacando como até personagens secundários conseguem deixar marcas profundas no público.
O retorno tardio de Gi-hun à humanidade
Ao fim da primeira temporada, em “Um dia de sorte”, Seong Gi-hun finalmente tenta reparar seus erros. Mudando radicalmente sua aparência ao tingir os cabelos de vermelho, ele cumpre a promessa de cuidar do irmão de Sae-byeok, levando o menino até a mãe de Sang-woo. Além disso, entrega parte do prêmio em dinheiro para que ela possa criá-lo com dignidade. Esse gesto tardio de redenção mostra que, apesar de todo o sofrimento, Gi-hun ainda possui consciência e empatia.
A despedida silenciosa de Sang-woo
Sang-woo foi um dos personagens mais controversos da primeira temporada. Frio e calculista, ele não hesitou em trair aliados para chegar à final. No entanto, sua trajetória ganha contornos trágicos no último episódio quando, diante da recusa de Gi-hun em vencer da forma cruel como o jogo exige, ele opta por tirar a própria vida. Com isso, Sang-woo reconhece seus erros e tenta ao menos assegurar que sua mãe receba o dinheiro prometido.
Votos que selam destinos
Na segunda temporada, uma nova regra transforma os votos dos participantes em armas letais. Após cada jogo, os jogadores podem decidir se desejam continuar ou não. No entanto, a maioria insiste em seguir em frente, mesmo diante de mortes brutais. As consequências dessas decisões aparecem nos episódios seguintes, com massacres como o do Pentatlo de Seis Pernas e o confronto sangrento no banheiro. A repetição dos votos “O” não apenas define o destino dos jogadores, mas também revela a fragilidade humana diante da ganância.
Jun-ho e a traição que veio da família
O policial Hwang Jun-ho, que se infiltrou nos bastidores do jogo em busca do irmão desaparecido, tem sua missão encerrada de forma trágica no oitavo episódio da primeira temporada. Ao ser finalmente encurralado pelo mascarado Front Man, descobre que ele é justamente seu irmão. Sem tempo para processar a revelação, Jun-ho leva um tiro e despenca de um penhasco. A dor do reencontro, acompanhada da traição, representa uma das cenas mais impactantes da série.
A execução de Jung-bae diante de Gi-hun
A segunda temporada traz um novo aliado para Gi-hun: Jung-bae, um amigo dos tempos de vício em apostas. Apesar de suas diferenças, os dois se unem numa tentativa desesperada de enfrentar o sistema. No entanto, no penúltimo episódio, a rebelião é esmagada e Jung-bae é assassinado diante dos olhos de Gi-hun. A perda reforça a crueldade da organização por trás do jogo e antecipa o tom sombrio que a terceira temporada promete manter.
A história esquecida de Hyun-ju
Hyun-ju, uma das personagens mais complexas da segunda temporada, emociona com seu passado marcado por rejeição e exclusão. Sendo uma mulher trans, ela entra no jogo na esperança de quitar dívidas e retomar o controle da própria vida. Sem família ou amigos, Hyun-ju encara sozinha o desafio mortal, ganhando o carinho do público por sua resiliência e dignidade diante de um mundo cruel.
O assassinato brutal de Sae-byeok
Kang Sae-byeok sobreviveu a perigos quase insuperáveis na esperança de reunir sua família. Vinda da Coreia do Norte, ela buscava apenas uma chance de viver com dignidade. Sua morte pelas mãos de Sang-woo, justamente quando estava prestes a alcançar seu objetivo, chocou até os espectadores mais céticos. Um golpe frio e traiçoeiro encerra a jornada de uma das personagens mais amadas da série.
O retorno solitário de Gi-hun
De volta ao mundo real, Gi-hun encontra sua casa vazia. Sua mãe, principal razão para ele ter participado do jogo, faleceu enquanto ele lutava por dinheiro para tratar sua saúde. A imagem de Gi-hun diante do corpo de Oh Mal-soon, sua mãe, resume a essência da série: o preço da vitória pode ser a perda de tudo o que realmente importa.
O jogo das bolinhas de gude e o colapso emocional
O episódio “Gganbu” se consolidou como o mais emocional de toda a série. Ao obrigar os participantes a se enfrentarem em duplas, a produção mergulha no desespero humano. Sang-woo trai Ali, Ji-yeong se sacrifica por Sae-byeok, e Oh Il-nam se despede com ternura de seu “gganbu”. A sequência é uma aula de narrativa dramática e representa o ápice emocional da primeira temporada.
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