David Berkowitz, mais conhecido como o “Filho de Sam”, é um dos serial killers mais notórios da história dos Estados Unidos. Sua onda de crimes entre 1976 e 1977 mergulhou a cidade de Nova York em um clima de medo e histeria coletiva. Com o uso de um revólver calibre .44, Berkowitz circulava pelas ruas da cidade à procura de jovens, especialmente casais em carros estacionados. Ele se tornou conhecido tanto pela violência de seus ataques quanto pelas cartas perturbadoras enviadas à imprensa, nas quais alegava que era influenciado por uma entidade demoníaca que se manifestava por meio do cachorro de seu vizinho.
A nova série documental da Netflix, Conversando com um serial killer: O Filho de Sam, revisita esse caso emblemático e traz à tona novas reflexões sobre os crimes cometidos por Berkowitz, sua motivação e as falhas na investigação policial da época.
Ao todo, seis pessoas foram mortas e outras dez sobreviveram aos ataques
Entre dezembro de 1975 e julho de 1977, David Berkowitz atacou 16 pessoas. A primeira vítima conhecida foi Michelle Forman, de 15 anos, esfaqueada em dezembro de 1975. Esse crime ocorreu meses antes da sequência de tiroteios que solidificaram sua identidade como o “Filho de Sam”.
Dos ataques registrados, seis pessoas foram assassinadas a tiros, enquanto dez sobreviveram com diferentes níveis de ferimentos. Algumas vítimas ficaram com sequelas graves, como paralisia ou cegueira parcial.
Veja abaixo um resumo dos principais ataques:
- Michelle Forman – Sobreviveu a uma facada em dezembro de 1975
- Donna Lauria – Morta em 29 de julho de 1976
- Christine Freund – Morta em 30 de janeiro de 1977
- Virginia Voskeritchian – Morta em 8 de março de 1977
- Valentina Suriani e Alexander Esau – Mortos em 17 de abril de 1977
- Stacy Moskowitz – Morta em 31 de julho de 1977
Entre os sobreviventes, Joanne Lomino ficou paralisada e Robert Violante perdeu parte da visão.
A trajetória de crimes durou mais de um ano
O primeiro tiroteio vinculado oficialmente ao “Filho de Sam” ocorreu em julho de 1976. No entanto, o ataque a Michelle Forman, ocorrido sete meses antes, é hoje reconhecido como o início da violência de Berkowitz. Durante pouco mais de um ano, ele realizou oito ataques distintos, quase todos contra casais ou jovens sentados em carros.
Em abril de 1977, após o assassinato de Valentina Suriani e Alexander Esau, Berkowitz deixou uma carta no local do crime assinada como “Filho de Sam”, nome pelo qual passaria a ser amplamente conhecido. Pouco tempo depois, ele enviou novas cartas a jornais da cidade, nas quais zombava da polícia e falava de vozes demoníacas que o ordenavam a matar.
A prisão e a condenação do assassino
David Berkowitz foi finalmente preso em 10 de agosto de 1977, após a polícia rastrear uma multa de estacionamento emitida perto da cena de seu último ataque. O erro banal foi decisivo para sua identificação e prisão. Ao ser detido, ele confessou rapidamente os crimes e alegou ter sido guiado por forças sobrenaturais.
Condenado a seis penas de prisão perpétua consecutivas, Berkowitz está detido até hoje. Apesar de ter solicitado liberdade condicional diversas vezes, todos os pedidos foram negados. Atualmente, ele afirma ter se convertido ao cristianismo e passa a maior parte do tempo escrevendo sobre religião na prisão.
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