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Orange Is The New Black – Como acaba a história da Crazy Eyes?

Suzanne “Crazy Eyes” Warren foi uma das personagens mais marcantes de Orange Is the New Black, iniciando sua trajetória como uma figura excêntrica e incompreendida, frequentemente tratada como uma piada ou até mesmo uma ameaça. Com o passar das temporadas, no entanto, sua história revelou camadas mais profundas de sua personalidade, mostrando uma mulher sensível, criativa e repleta de empatia. Na sétima e última temporada da série, Suzanne não apenas compreende a injustiça de sua própria condenação, mas também aprende a lidar melhor com sua condição mental e a fazer a diferença dentro do cárcere.

A Reflexão Sobre o Sistema Prisional Através das Galinhas

Orange Is The New Black - Como acaba a história da Crazy Eyes?

Uma das principais formas que Suzanne encontra para se expressar e adquirir autonomia dentro de Litchfield é através do programa de terapia ocupacional com galinhas, criado pela nova diretora Tamika Ward. Nomeada “Prefeita de New Cluck City”, ela assume a responsabilidade pelo cuidado das aves e logo se vê confrontada com dilemas morais semelhantes aos do sistema carcerário. Quando uma galinha “imigrante” invade o galinheiro e outra é encontrada morta, Suzanne inicialmente recorre à punição, isolando os animais em uma versão aviária da solitária. Entretanto, ao longo do tempo, e especialmente após a morte de sua amiga Pennsatucky, ela reconsidera essa abordagem e decide libertar as aves, reconhecendo que mantê-las enjauladas não era a solução para os problemas que enfrentava.

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Essa metáfora reflete a realidade do complexo industrial prisional: um sistema falho, que prioriza punição em vez de reabilitação. A relação de Suzanne com as galinhas também simboliza sua própria trajetória dentro da prisão, onde, assim como os animais, ela se viu privada de liberdade sem o suporte adequado para lidar com sua condição.

O Enfrentamento da Realidade e o Crescimento Pessoal

Ao longo da temporada final, Suzanne também confronta a injustiça de sua própria condenação. Sua prisião foi resultado de um trágico mal-entendido: na tentativa de fazer um amigo, ela sequestrou acidentalmente um menino, Dylan, sem compreender a gravidade da situação. Quando ele caiu para a morte, Suzanne, incapaz de processar a complexidade do ocorrido, aceitou sua sentença de 15 anos como uma punição justa. Contudo, à medida que conversa com Pennsatucky, Taystee e sua própria mãe, ela passa a enxergar a dura realidade: seu lugar não deveria ser a prisão, mas uma instituição onde pudesse receber o suporte necessário para sua condição mental.

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Essa compreensão também a impulsiona a tentar ajudar Taystee, que foi injustamente condenada à prisão perpétua pelo assassinato do oficial Piscatella. Suzanne dá seu depoimento sobre a forma como os oficiais de segurança manipularam a cena do crime para incriminar as detentas, mas, infelizmente, isso não é suficiente para alterar o destino de Taystee. Ainda assim, sua ação representa um passo significativo na sua evolução pessoal: pela primeira vez, Suzanne não apenas aceita a injustiça, mas tenta ativamente combatê-la.

Luto, Superação e o Futuro de Suzanne

A morte de Pennsatucky representa um momento crucial na história de Suzanne. Sua amiga, diagnosticada com dislexia e determinada a obter seu GED, tira a própria vida ao acreditar, erroneamente, que fracassou na prova. A dor da perda poderia ter devastado Suzanne, mas, em vez disso, ela encara o luto com maturidade, um reflexo claro do seu crescimento. Em uma das cenas mais emocionantes da série, ela presta homenagem a Pennsatucky cantando o jingle de Mountain Dew, um gesto que resgata a importância das pequenas alegrias compartilhadas entre as detentas.

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No episódio final, Suzanne encontra um novo propósito ao lado de Taystee, ajudando na Poussey Washington Fund, uma iniciativa que fornece microcréditos para ex-detentas recomeçarem suas vidas após a prisão. Esse envolvimento não apenas simboliza sua evolução, mas também destaca o compromisso da série em abordar questões sociais, deixando uma mensagem de esperança e resiliência.

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Orange Is the New Black acompanha Piper Chapman, uma mulher de classe média alta que é condenada a 15 meses de prisão por um crime cometido anos antes: transportar dinheiro do tráfico a pedido de sua ex-namorada, Alex Vause. Na penitenciária feminina de Litchfield, Piper precisa se adaptar à dura realidade do sistema prisional, lidando com regras não oficiais, disputas entre detentas e sua complicada relação com Alex, que também cumpre pena no local.

Ao longo de sete temporadas, a série expande seu foco para explorar as histórias de outras presas, revelando suas trajetórias antes e depois da prisão. Além das relações entre as detentas, Orange Is the New Black aborda temas como abuso de poder, injustiça do sistema carcerário e a luta por sobrevivência dentro de Litchfield, misturando momentos de comédia e drama para construir uma narrativa envolvente e crítica.

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