Na série O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder, o termo “Istar” surgiu como um conceito fundamental para a compreensão dos acontecimentos que envolvem o personagem conhecido como “O Estranho”. Embora o termo seja inédito nas adaptações cinematográficas anteriores das obras de J.R.R. Tolkien, ele possui uma profunda conexão com a mitologia da Terra Média.
O que são os Istar?
“Istar” é um termo derivado do Quenya, uma das línguas élficas criadas por Tolkien, que significa “mago”. Esse termo é explicado de forma clara pelo Estranho à Harfoot Eleanor “Nori” Brandyfoot, quando ele revela ser um “Istar” no final da primeira temporada de Os Anéis de Poder. Ele também menciona que “Istar” pode ser traduzido como “sábio” na língua dos Harfoots.
No universo de Tolkien, os Istari são, na verdade, Maiar, seres angelicais enviados à Terra Média por Eru Ilúvatar, o criador de tudo, com a missão de auxiliar os Povos Livres – Elfos, Anãos, Homens – na luta contra o Senhor do Escuro, Sauron. Apesar de aparentarem ser anciões, os Istari possuem grande força física, alta inteligência e habilidades mágicas notáveis, cada um carregando um cajado e sendo associado a uma cor específica dentro de sua Ordem.
Quem são os Istar?
Na mitologia de O Senhor dos Anéis, são conhecidos cinco Istari: Gandalf, Saruman, Radagast, e os dois Magos Azuis, Alatar e Pallando. Cada um desempenha papéis distintos dentro da narrativa.
Gandalf é talvez o mais conhecido dos Istari, amigo próximo de Bilbo Baggins e dos Hobbits do Condado. Apesar de seu grande poder, Gandalf prefere guiar os povos da Terra Média através de encorajamento e persuasão. Eventualmente, ele se torna o portador de Narya, o Anel de Fogo, mas essa parte da história ocorre milhares de anos após os eventos de Os Anéis de Poder.
Saruman é o líder dos Istari e do Conselho Branco, um grupo formado por Elfos e magos, criado por Galadriel para combater Sauron. Inicialmente um guardião da sabedoria e da ordem, Saruman acaba corrompido por sua obsessão pelo Um Anel, traçando um caminho que o leva à ruína.
Radagast, por outro lado, é menos proeminente nos textos originais de Tolkien, mas seu papel foi expandido na trilogia O Hobbit de Peter Jackson. Ele é retratado como um xamã, em constante comunicação com a natureza e animais, utilizando suas habilidades herbáceas.
Quanto aos Magos Azuis, pouco se sabe sobre eles, além do fato de que foram enviados para o sul e leste da Terra Média para ajudar a conter a ascensão de Sauron. Em seus escritos finais, Tolkien sugere que os Magos Azuis chegaram à Terra Média durante a Segunda Era, antes mesmo de Gandalf e Saruman.
Os Istar em Os Anéis de Poder
Na segunda temporada de Os Anéis de Poder, o Mago Sombrio está em busca do “Istar”, o que sugere que ele tem conhecimento da existência de outros de sua espécie na Terra Média, ou pelo menos está ciente de sua presença. À medida que a série avança, a importância do Estranho como um Istar torna-se cada vez mais clara, ligando-o diretamente aos eventos que moldarão o futuro da Terra Média.
Se passando milhares de anos antes dos eventos de O Hobbit e O Senhor dos Anéis, a série ocorre durante o período conhecido como a Segunda Era da Terra Média, mostrando a ascensão de Sauron ao poder e a criação dos Anéis do Poder. A produção foi criada por J. D. Payne e Patrick McKay com base na obra de J. R. R. Tolkien.
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