A segunda temporada de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder está construindo um dos arcos mais aguardados pelos fãs da obra de J.R.R. Tolkien: a queda de Númenor e o destino trágico de Ar-Pharazôn. O personagem, interpretado por Trystan Gravelle, é retratado como um líder ambicioso e complexo, cuja busca pelo poder e pela imortalidade acabará o levando à destruição. Quem conhece os livros de Tolkien já está familiarizado com a história de Pharazôn e sua queda, mas a série da Amazon está expandindo e contextualizando esses eventos, dando pistas claras sobre como tudo será retratado na trama.
Pharazôn e a queda de Númenor em Os Anéis de Poder
Na mitologia de Tolkien, Pharazôn é o último rei de Númenor, uma ilha poderosa e próspera durante a Segunda Era da Terra-média. Porém, sua ambição e orgulho o levam a cometer o erro fatal de capturar Sauron e trazê-lo como prisioneiro para Númenor. Essa decisão, que inicialmente parecia uma demonstração de poder, acaba selando seu destino. Sauron, mestre da manipulação, ganha influência sobre Pharazôn e, eventualmente, convence-o a invadir as Terras Imortais de Valinor em busca da imortalidade. Esse ato de arrogância é o que leva à destruição de Númenor e à queda de seu rei.
Em Os Anéis de Poder, o personagem de Pharazôn já demonstra sinais claros dessa ambição e descontentamento. No episódio 5 da segunda temporada, ele fala sobre a mortalidade com seu filho, expressando seu ressentimento pelo fato de que os homens, independentemente de suas conquistas ou posição, não podem alcançar a imortalidade. Ele observa que “algumas coisas serão para sempre negadas” à sua raça, refletindo o início de sua obsessão em desafiar os limites impostos pelos Valar, os seres divinos que governam o mundo.
Esse diálogo é uma importante pista do destino de Pharazôn. A sua fixação na mortalidade e a busca pela vida eterna o tornam vulnerável à influência de Sauron, que, na forma de Annatar, já começou a ganhar poder em outros reinos da Terra-média. A série sugere que o próximo passo será a chegada de Sauron a Númenor, onde ele utilizará suas habilidades de persuasão para corromper Pharazôn, levando-o a tomar a fatídica decisão de invadir Valinor.
O impacto de Pharazôn na queda de Númenor
A eventual queda de Pharazôn será um dos pontos altos da série. Se Os Anéis de Poder seguir o material original de Tolkien, veremos como ele, sob a influência de Sauron, reúne uma grande frota para invadir Valinor, em uma tentativa desesperada de conquistar a imortalidade. Esse ato culminará na destruição de Númenor, afundando a ilha no mar e exterminando grande parte de sua população.
A série também está preparando o terreno para uma demonstração de poder cósmico que raramente foi explorada nas adaptações anteriores de O Senhor dos Anéis. A destruição de Númenor será causada diretamente por Eru Ilúvatar, a divindade suprema no legendarium de Tolkien. Ilúvatar afunda Númenor como punição pela arrogância de Pharazôn e sua tentativa de invadir as Terras Imortais. Além disso, esse evento marca um ponto de virada na relação entre Valinor e a Terra-média, com as Terras Imortais se separando do mundo mortal.
A importância de Valinor e Eru Ilúvatar
A morte de Pharazôn e a queda de Númenor não apenas encerram a trajetória do último rei da ilha, mas também revelam o poder de Valinor e de Eru Ilúvatar. Até agora, Os Anéis de Poder tem sugerido a grandeza dos Valar e sua influência na Terra-média, mas a intervenção direta de Ilúvatar mostrará um nível de poder divino muito superior a qualquer coisa que os espectadores já tenham visto na série.
Esse momento será crucial não apenas para os fãs de longa data da obra de Tolkien, mas também para aqueles que estão sendo introduzidos a esse universo pela série da Amazon. O poder devastador de Ilúvatar e a destruição de Númenor servem como um lembrete de que, por mais ameaçador que Sauron seja, existem forças muito mais poderosas em jogo no universo de O Senhor dos Anéis. O impacto dessa intervenção divina será um dos maiores momentos da série e trará uma nova dimensão à história de Pharazôn e sua busca por imortalidade.
Se passando milhares de anos antes dos eventos de O Hobbit e O Senhor dos Anéis, a série ocorre durante o período conhecido como a Segunda Era da Terra Média, mostrando a ascensão de Sauron ao poder e a criação dos Anéis do Poder. A produção foi criada por J. D. Payne e Patrick McKay com base na obra de J. R. R. Tolkien.
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