Amy Lynn Bradley tinha 23 anos quando embarcou em um cruzeiro com a família pelas águas do Caribe. O que deveria ser uma viagem de férias se transformou em um mistério angustiante que, mais de 25 anos depois, ainda permanece sem solução. A jovem, nascida na Virgínia (EUA), desapareceu no dia 24 de março de 1998 a bordo do navio Rhapsody of the Seas, da Royal Caribbean, enquanto a embarcação estava prestes a atracar em Curaçao.
A história de Amy voltou a ganhar destaque com a estreia da série documental Onde Está Amy Bradley?, já disponível na Netflix, que revisita os acontecimentos daquela madrugada e as teorias que cercam seu sumiço.
O último dia antes do desaparecimento
Na noite de 23 de março, Amy jantou com seus pais, Ron e Iva, e o irmão mais novo, Brad. Mais tarde, ela e Brad seguiram para a boate do navio, onde dançaram com outros passageiros e membros da banda da embarcação. Um dos músicos, Alister “Yellow” Douglas, chegou a interagir com Amy, fato que mais tarde geraria suspeitas.
Por volta das 3h40 da madrugada, Amy retornou à cabine. Ela e Brad conversaram na varanda por cerca de meia hora antes de ele ir dormir. O pai dos jovens, Ron, acordou por volta de 5h30 e viu Amy deitada em uma espreguiçadeira na varanda, aparentemente dormindo. Quando olhou novamente, cerca de 30 minutos depois, ela havia desaparecido.
Uma busca cheia de falhas e frustrações
Inicialmente, a família acreditava que Amy poderia estar tomando café ou tirando fotos. Mas, com o passar do tempo, a preocupação aumentou. Ron começou a procurar por ela a bordo, sem sucesso. Apesar dos apelos dos Bradleys para que o navio fosse fechado e os passageiros impedidos de desembarcar, a tripulação optou por seguir a programação e permitiu o desembarque em Curaçao.
Somente às 9h da manhã foi iniciado um procedimento chamado “Charlie drill”, uma varredura minuciosa pelo navio. O capitão do navio informou, após cerca de uma hora, que Amy não estava a bordo. O FBI e as autoridades locais se uniram em uma busca intensa, que incluiu mergulhos, uso de barcos e helicópteros, mas nenhum vestígio da jovem foi encontrado. Nem mesmo roupas ou objetos pessoais surgiram durante as buscas.
Evidências escassas e perguntas sem resposta
Ao analisar a cabine da família, o FBI não encontrou sinais de luta. Os chinelos de Amy estavam arrumados do lado de fora, próximos a uma mesinha encostada no vidro da varanda. O ambiente já havia sido limpo pela equipe de bordo, o que pode ter comprometido possíveis provas. Registros eletrônicos confirmaram que Amy entrou na cabine às 3h40. Seu irmão e seus pais foram interrogados, mas não havia nenhuma evidência que apontasse envolvimento da família.
O músico Alister Douglas admitiu ter flertado com Amy, mas negou qualquer envolvimento em seu desaparecimento. Ele realizou um teste de polígrafo com resultado inconclusivo e foi liberado. Posteriormente, passageiros relataram ter visto Amy com um dos músicos no elevador por volta das 6h da manhã. No entanto, os horários dessas testemunhas não puderam ser confirmados com precisão.
Relatos de avistamentos e a esperança da família
Ao longo dos anos, surgiram diversos relatos não confirmados de avistamentos de Amy. Um canadense afirmou tê-la visto em uma praia de Curaçao meses após o desaparecimento. Em outra ocasião, um veterano da Marinha relatou que uma mulher, identificando-se como Amy Bradley, disse estar sendo mantida contra a vontade em um bar na ilha. Nenhum desses relatos pôde ser comprovado.
Em 2005, a família recebeu um e-mail com uma imagem de uma mulher semelhante a Amy, publicada em um site de acompanhantes da Venezuela e Caribe. Uma análise forense indicou que havia fortes indícios de que se tratava da jovem desaparecida. Outra testemunha disse ter ouvido uma mulher em um banheiro de Barbados, visivelmente abalada, dizendo que se chamava Amy.
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