O que a família de Amy Bradley já descobriu por conta própria

Amy Lynn Bradley, jovem de 23 anos de Chesterfield, Virginia, desapareceu misteriosamente no dia 24 de março de 1998, durante um cruzeiro com a família pelo Caribe a bordo do navio Rhapsody of the Seas, da Royal Caribbean. A viagem, que era para ser um momento de celebração antes de Amy iniciar uma nova fase da vida em seu primeiro apartamento e emprego, transformou-se em um pesadelo sem fim.

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Na manhã de seu desaparecimento, o pai de Amy, Ron Bradley, a viu dormindo em uma espreguiçadeira na varanda da cabine. Pouco depois, ela havia sumido sem deixar vestígios. Desde então, sua família nunca mais foi a mesma — e, por conta própria, eles iniciaram uma busca incansável por respostas que nem as autoridades conseguiram dar.

A investigação que nunca entregou respostas

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Assim que o desaparecimento foi comunicado, a primeira suspeita das autoridades a bordo foi a de que Amy teria caído no mar. No entanto, sua família nunca aceitou essa hipótese. “Se ela tivesse caído, um corpo teria aparecido”, afirmou o então chefe da polícia do porto de Curaçao, John Mentar, no documentário Onde Está Amy Bradley?, lançado pela Netflix (via E! News).

A investigação inicial, realizada pelo FBI e pelas autoridades locais, não encontrou provas de queda, suicídio ou violência. Ao contrário, o que se descobriu foi um conjunto de falhas e atrasos: a cabine havia sido limpa antes da perícia, e os registros eletrônicos mostravam apenas que Amy entrou no quarto às 3h40 da manhã. Seus chinelos estavam organizados ao lado de uma mesa na varanda, sem indícios de luta ou fuga.

Uma busca conduzida por amor e determinação

O que a família de Amy Bradley já descobriu por conta própria

Sem confiar nas conclusões oficiais, os próprios familiares assumiram o papel de investigadores. Ron e Brad Bradley voltaram a Curaçao poucos dias depois, seguindo pistas dadas por um taxista que afirmou ter visto Amy. Percorreram resorts, vielas perigosas, edifícios abandonados e até bares. Cada relato, cada possibilidade era motivo suficiente para continuar tentando.

Ao longo dos anos, dezenas de relatos de possíveis avistamentos foram investigados. Uma das evidências mais marcantes foi uma foto anônima recebida por e-mail em 2005, mostrando uma mulher parecida com Amy em um site de exploração sexual na Venezuela. Especialistas forenses do FBI chegaram a afirmar que a imagem tinha alta chance de ser autêntica. Para Iva Bradley, mãe de Amy, foi um golpe doloroso, mas ao mesmo tempo, um sinal de que sua filha poderia estar viva.

Suspeitas não comprovadas e perguntas que não se calam

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Entre os tripulantes, um nome sempre pairou como suspeito: Alister Douglas, músico da banda do navio. Amy havia dito ao irmão que Douglas havia feito um avanço físico indesejado naquela noite. Ele admitiu ter flertado com Amy, mas negou qualquer envolvimento no desaparecimento. Foi submetido a um teste de polígrafo, cujos resultados foram inconclusivos, mas jamais foi acusado formalmente.

Outros passageiros relataram interações suspeitas entre funcionários do navio e Amy, inclusive convites para sair em terra, o que levantou teorias de tráfico humano, jamais confirmadas.

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Hoje, 27 anos depois, Iva e Ron continuam morando na Virgínia. Mantêm o quarto de Amy intacto, conservam o carro dela na garagem e não passam um dia sequer sem pensar na filha. Brad Bradley, que tinha 21 anos quando tudo aconteceu, pausou a faculdade, adiou planos e até hoje, aos 48 anos, evita ter filhos, temendo viver o que os pais viveram.

“Nós acordamos pensando nela, e vamos dormir com ela na mente”, diz Iva. “Não é de vez em quando, é todos os dias.” Para Ron, “a esperança é o que nos mantém vivos” (via Today).

O poder da esperança e a missão de nunca parar

A série documental da Netflix deu nova visibilidade ao caso, mas para os Bradleys, a busca nunca parou. Eles acreditam que Amy ainda está viva e que alguém, em algum lugar, sabe o que realmente aconteceu.

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Relatos de possíveis aparições continuam surgindo. Uma testemunha afirma ter visto Amy em uma praia de Curaçao meses depois do desaparecimento. Outra disse que a encontrou em um bar em 1999, onde a jovem se identificou como Amy Bradley e afirmou estar sendo mantida contra a vontade. Nenhuma dessas pistas levou a um desfecho, mas todas elas renovam a esperança da família.

“Preferimos o não saber a uma resposta definitiva e trágica”, afirma Brad. “O fato de não termos um desfecho nos permite continuar acreditando.”

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João Victor Albuquerque
João Victor Albuquerque
Apaixonado por joguinhos, filmes, animes e séries, mas sempre atrasado com todos eles. Escrevo principalmente sobre animes e tenho a tendência de tentar encaixar Hunter x Hunter ou One Piece em qualquer conversa.