O novo A Guerra dos Mundos, estrelado por Ice Cube e lançado no Prime Video, conseguiu um feito raro: entrar direto para a lista dos 100 piores filmes de todos os tempos do Rotten Tomatoes. A produção, que chegou a estrear com 0% de aprovação da crítica e hoje ostenta modestos 3%, ocupa atualmente a 88ª posição no ranking, dividindo espaço com fracassos como Tubarão 4: A Vingança e Epic Movie. Nas redes sociais, a recepção foi ainda mais cruel, com cenas e falas do longa se transformando rapidamente em memes.
Uma proposta diferente que não convenceu
Dirigido por Rich Lee, o filme tenta dar uma abordagem moderna ao clássico romance de H.G. Wells, publicado em 1898, ao transformar a invasão alienígena em uma narrativa “screenlife” — ou seja, toda a história se passa nas telas de computadores e celulares. Ice Cube vive Will Radford, um agente do Departamento de Segurança Interna que, no meio da crise, também espiona virtualmente seus filhos adultos e revive constantemente a última mensagem da esposa falecida.
A trama acompanha a chegada de meteoros contendo máquinas extraterrestres que começam a destruir cidades e a sugar dados da internet. Para deter a ameaça, Will conta com a ajuda do filho hacker, da filha médica, de um namorado entregador da Amazon e de uma funcionária da NASA.
Publicidade demais, ação de menos
Um dos pontos mais criticados pela imprensa e pelo público foi a presença ostensiva de product placement. Em um dos momentos decisivos, a salvação do planeta passa por um pedido de pen drive no Amazon Prime, entregue por um drone da própria empresa. Em outra cena, um morador de rua é convencido a ajudar em troca de um vale-presente de mil dólares da plataforma. Para muitos, a sensação é de estar assistindo a um comercial disfarçado de filme.
Problemas técnicos e de atuação
Além do excesso de propaganda, A Guerra dos Mundos enfrenta críticas pesadas pela atuação apática de Ice Cube, que passa a maior parte do tempo diante de uma câmera simulando chamadas de vídeo. O roteiro abusa de conceitos mal explicados sobre internet e tecnologia, e a edição é repleta de erros visuais e efeitos considerados amadores. Apesar de ter apenas 89 minutos, o ritmo é arrastado e não transmite a tensão característica de outras adaptações da obra.
O fenômeno do “tão ruim que dá vontade de ver”
Mesmo com a avalanche de críticas negativas, o longa se tornou um sucesso de audiência no Prime Video. O chamado “efeito desastre” — quando um filme é tão mal falado que o público assiste por curiosidade — ajudou a impulsionar a produção, que acabou ganhando notoriedade justamente por seu fracasso.
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