Após seis temporadas marcadas por sofrimento, resistência e reviravoltas, The Handmaid’s Tale chegou ao seu episódio final oferecendo aos espectadores um raro momento de fechamento. A narrativa não deixou pontas soltas: mesmo que alguns personagens tenham tido aparições breves, todos receberam um desfecho claro. Entre perdas, reencontros, justiça e redenção, a série encerra sua trajetória com a promessa de novos caminhos, especialmente para suas protagonistas femininas.
A derrocada dos vilões e o sacrifício final
O sistema opressor de Gilead, sustentado majoritariamente por homens no poder, começa a ruir no fim da série. Serena Joy (Yvonne Strahovski), agora casada com Wharton (Josh Charles), logo percebe que continua sendo tratada como inferior. Sua libertação pelos americanos permite que ela colabore com June, revelando planos cruciais para o ataque final ao regime.
Lydia (Ann Dowd), antes uma das maiores defensoras de Gilead, passa a reconhecer os abusos sistemáticos e se vê ao lado de June na iminência da execução. Ambas são salvas a tempo, mas a mudança de perspectiva da Tia Lydia simboliza a queda de crenças que sustentavam a tirania.
A grande virada acontece com Commander Lawrence (Bradley Whitford). Incentivado por June, ele aceita embarcar um explosivo em um avião carregado de outros comandantes, incluindo Wharton e Nick (Max Minghella). O ato, que custa sua vida, é decisivo para desmantelar o coração do poder de Gilead. A ação representa um golpe de Estado e, ao mesmo tempo, um julgamento simbólico da estrutura patriarcal que comandava o país.
Os reencontros e os encerramentos emocionais
June Osborne (Elisabeth Moss) continua sendo o centro da trama até o último minuto. Mesmo após a libertação de Boston, ela deixa claro que a missão de resgatar sua filha Hannah ainda não acabou. Antes de partir em busca da menina, ela se despede de personagens que marcaram sua trajetória.
Em uma cena comovente, ela reencontra Serena em um campo de refugiados. As duas, agora mães e sobreviventes, compartilham suas dores e experiências, culminando em um gesto de perdão por parte de June. Outro momento importante é sua separação de Luke (O-T Fagbenle), com quem decide seguir caminhos distintos na busca por Hannah.
Emily (Alexis Bledel), ausente por duas temporadas, retorna brevemente e se reúne a June em Boston. Ela revela ter se juntado à resistência em Connecticut e, mesmo com as cicatrizes da guerra, mostra esperança na reconstrução de um país livre.
Moira (Samira Wiley) aparece em uma cena simbólica, liderando a queima de textos religiosos ao lado de outras ex-aias, em um ato de libertação e repúdio aos dogmas que sustentavam o regime.
Sobreviventes e seus raros finais felizes
Em um universo tão cruel quanto o de The Handmaid’s Tale, o simples fato de sobreviver já é um triunfo. Janine (Madeline Brewer), uma das personagens mais vulneráveis ao longo da série, finalmente alcança segurança e a chance de reconstruir sua vida.
Tia Lydia reaparece uma última vez entregando o bebê Charlotte a Naomi (Ever Carradine), agora viúva. Em uma cena cheia de tensão e emoção, Lydia faz as pazes com June. O destino da personagem permanece em aberto, mas seu arco sugere redenção e talvez continuação no spin-off já anunciado.
Serena, por sua vez, é mostrada com o filho nos braços, serena pela primeira vez, pronta para um novo papel como mãe e longe dos grilhões de Gilead.
O novo começo de June
Como narradora e protagonista, June recebe o encerramento mais significativo. Em uma visita à sua mãe, Holly (Cherry Jones), ouve palavras de orgulho e entrega sua filha para que seja cuidada pela avó. Incentivada por esse reencontro, June retorna à antiga casa dos Waterford e começa a escrever sua história.
Esse ato de registrar sua vivência, que simbolicamente representa a própria narração da série, é o primeiro passo de um novo capítulo. Não é um fim definitivo, mas um sinal de que, para June, a liberdade agora inclui o direito de contar sua própria verdade e de iniciar a cura.
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The Handmaid’s Tale se passa em uma sociedade distópica chamada Gilead, onde um regime teocrático toma o controle dos Estados Unidos. Neste sistema opressor, as mulheres são privadas de seus direitos, e aquelas que ainda podem conceber são forçadas a se tornarem Aias, servindo as famílias da elite com o propósito de gerar filhos. A trama acompanha June Osborne, uma dessas Aias, enquanto ela luta para sobreviver e manter a esperança de reencontrar sua filha, separada dela ao ser capturada pelo regime.
Ao longo da série, June busca aliados dentro e fora de Gilead para resistir e expor as atrocidades cometidas pelo regime. Entre abusos e traições, ela desenvolve uma relação complexa com Serena Joy e Nick Blaine, personagens que desafiam o sistema de diferentes formas. The Handmaid’s Tale oferece um retrato poderoso de sobrevivência, esperança e resistência em meio à brutalidade, explorando questões de liberdade, identidade e poder em uma sociedade que corrompeu a moralidade em nome da ordem.
Você pode assistir a The Handmaid’s Tale (O Conto da Aia) no Disney Plus ou no Paramount Plus. No post de hoje, respondemos o que acontece com Emily Malek no último episódio de The Handmaid’s Tale.
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