A nova série O Cavaleiro dos Sete Reinos, próxima produção da HBO ambientada no universo de Game of Thrones, traz não apenas novos personagens e tramas, mas também um detalhe que já está despertando curiosidade entre os fãs: a mudança no brasão da Casa Targaryen. O icônico dragão de três cabeças ganhou um redesenho sutil, mas carregado de significado, que reflete tanto a época retratada na narrativa quanto as observações feitas por George R. R. Martin, autor das histórias originais.
Um novo tempo em Westeros
Baseada nos Contos de Dunk e Egg, a série se passa cerca de 90 anos antes dos eventos de Game of Thrones e aproximadamente oito décadas depois de House of the Dragon. O enredo acompanha o cavaleiro errante Sor Duncan, o Alto, interpretado por Peter Claffey, e seu jovem escudeiro Egg, vivido por Dexter Sol Ansell.
É um período de transição em Westeros: os dragões já estão extintos, e o poder dos Targaryen começa a ser questionado. Ainda assim, a família permanece no trono, sustentada pela herança simbólica que o novo brasão busca reinterpretar.
Um dragão mais fiel à visão de George R. R. Martin
O novo estandarte Targaryen exibe um dragão de três cabeças e duas pernas, com asas longas e chamas que envolvem parcialmente o emblema. Essa configuração corrige uma divergência que incomodava Martin desde as últimas temporadas de Game of Thrones e em House of the Dragon, quando o dragão passou a ser representado com quatro patas. O autor já havia explicado em seu blog pessoal que, em sua concepção, “nenhum animal real ou mitológico deveria ter seis membros”, defendendo o modelo com duas pernas e duas asas como o mais plausível.
A série, portanto, recupera o desenho “anatomicamente correto” do símbolo, reforçando a fidelidade ao cânone literário e o compromisso dos criadores com a coerência visual e biológica do universo de Westeros.
A estética de uma nova era Targaryen
O showrunner Ira Parker afirmou, em entrevista à Entertainment Weekly, que a mudança não deve ser interpretada como uma ruptura, mas como um reflexo artístico do momento histórico retratado. “Sabemos que Westeros provavelmente tinha a mesma aparência há 10.000 anos que tem hoje. Se fizéssemos uma série moderna sobre Westeros em 2025, ainda haveria cavaleiros, armaduras e tudo mais. Portanto, não parece haver muito progresso.” disse ele. “Mas acho que há progressos artísticos, ou pelo menos ciclos, como o fato de haver um novo designer da Casa Targaryen fazendo uma versão um pouco diferente de algo à mão livre. É só isso. Não foi feito para ser nada diferente, exceto que este é o símbolo desta época específica”, explicou.
Além do ajuste anatômico, o novo símbolo apresenta asas abertas que se projetam para trás, dando ao dragão uma aparência mais dinâmica e ameaçadora. Uma das cabeças expele fogo, e as chamas formam um contorno circular em torno do emblema, simbolizando renovação e continuidade. O resultado é uma combinação entre tradição e reinvenção, espelhando a própria trajetória da dinastia Targaryen em um momento de fragilidade política.
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