A série O Cavaleiro dos Sete Reinos é o mais novo derivado do universo criado por George R. R. Martin e promete mostrar um lado inédito de Westeros. Diferente das produções anteriores, como Game of Thrones e House of the Dragon, o novo título aposta em uma narrativa mais intimista e humana, centrada em cavaleiros errantes e pessoas comuns do reino.
Com estreia marcada para janeiro de 2026 na HBO, a primeira temporada adapta o conto The Hedge Knight (O Cavaleiro Andante), publicada em 1998. A história acompanha Ser Duncan, o Alto, interpretado pelo irlandês Peter Claffey, e seu jovem escudeiro Egg (Dexter Sol Ansell).
Uma história menor em escala, mas maior em humanidade
A proposta do showrunner Ira Parker, que também trabalhou em House of the Dragon, é trazer uma experiência diferente das grandes guerras e intrigas políticas que marcaram as produções anteriores. Segundo ele, este novo capítulo do universo de Martin se passa cerca de 50 anos após a morte do último dragão, em um período em que a magia já não faz parte da vida cotidiana e o mundo é mais terreno e realista.
Parker descreve a série como “um retrato de cavaleiros tentando sobreviver em uma era dura e fria”, comparando o cenário à Grã-Bretanha do século XIV. A ausência de feitiçaria e criaturas míticas transforma o foco em relações humanas, honra, coragem e ingenuidade — valores que movem Dunk, um cavaleiro pobre e idealista que tenta encontrar seu lugar no mundo.
Uma grande mudança: adeus à abertura clássica
Um dos pontos que mais chamaram atenção foi a revelação de que O Cavaleiro dos Sete Reinos não terá a icônica sequência de abertura animada, marca registrada de Game of Thrones e House of the Dragon. Em vez disso, cada episódio começará com um simples cartão de título em tipografia medieval, refletindo a simplicidade e o perfil modesto do protagonista.
De acordo com Parker, essa decisão foi uma das mais desafiadoras da produção. Ele explica que quis que cada aspecto da série refletisse a personalidade de Dunk — direta, sem artifícios e centrada no essencial. “As aberturas das séries anteriores são grandiosas, com trilhas orquestradas e efeitos impressionantes. Mas Dunk é simples e prático. Ele não vive cercado de pompa e poder, e a série precisava traduzir isso visualmente”, afirmou o criador em entrevista à Entertainment Weekly.
A escolha simboliza o que o público pode esperar da produção: uma história mais próxima do chão de Westeros, onde não há tronos dourados nem castelos em ruínas, mas sim tavernas, ferreiros e cavaleiros errantes tentando sobreviver.
O cenário e o elenco
A trama se inicia após a morte do mestre de Dunk, Sor Arlan de Pennytree, e acompanha o jovem cavaleiro em busca de oportunidades em torneios e viagens por vilarejos distantes. Com pouco dinheiro, um escudo de madeira e três cavalos que trata como companheiros, Dunk acaba se unindo a Egg, um menino obstinado que insiste em se tornar seu escudeiro.
Durante a jornada, os dois cruzam com personagens variados, como ferreiros, artistas ambulantes e senhores locais, revelando o contraste entre o idealismo do cavaleiro e a dureza da vida comum em Westeros. O enredo ganha força quando ambos chegam a um torneio em Ashford Meadow, onde encontram membros da Casa Targaryen e entram em eventos que terão repercussões duradouras no reino.
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