A chegada de Nosferatu ao catálogo do Prime Video nesta sexta-feira (11) reacende o interesse por uma das figuras mais sombrias do cinema de horror. No longa de Robert Eggers, que estreou nos cinemas brasileiros em janeiro de 2025, o conde Orlok não apenas retorna em uma nova interpretação visual e narrativa, como também carrega consigo um passado ainda mais ancestral. A idade do vampiro, embora nunca explicitada com precisão, é sugerida ao longo do filme e revela uma criatura que caminha entre os vivos há pelo menos dois séculos e meio — talvez até mais.
Orlok surgiu por volta de 1590
A construção do personagem foi profundamente influenciada por pesquisas históricas. Em entrevista à revista Vogue, a figurinista Linda Muir, colaboradora frequente de Eggers e indicada ao Oscar por Nosferatu, afirmou que ela e o diretor imaginaram o conde como um nobre da Transilvânia por volta do ano de 1590. Essa escolha não foi apenas estética. Muir baseou o traje de Orlok em retratos da família Esterházy, que exibiam vestimentas de peles nobres e acessórios dourados — características que ajudaram a consolidar a figura aristocrática e secular do personagem.
Eggers aposta na precisão histórica para reforçar o mito
Robert Eggers é conhecido por seu compromisso com o detalhamento histórico, ainda que reconheça que toda representação cinematográfica é, no fim das contas, uma interpretação. Com base nesse cuidado, o design de figurino teve papel essencial na narrativa. Apesar de Orlok usar um único traje durante todo o filme, a roupa passou por um processo meticuloso de construção, justamente para transmitir a sensação de que aquele personagem a vestia há séculos. Essa percepção reforça a ideia de que o conde já não pertence ao tempo dos vivos.
Orlok tem no mínimo 248 anos
Se considerarmos que a trama de Nosferatu se passa em 1838 e que Orlok teria sido transformado em vampiro por volta de 1590, estamos falando de pelo menos 248 anos de existência sombria. Contudo, a própria figurinista sugeriu, durante as provas de roupa com Bill Skarsgård, que ele deveria interpretar o conde como alguém que vive com aquelas vestimentas há 300 anos. Ou seja, embora o filme não ofereça uma data exata, há uma margem clara que aponta para uma criatura com pelo menos três séculos de história nas costas — ou sob o manto.
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